O vereador Gabriel Azevedo pediu o afastamento da colega Professora Marli (PP) da comissão que irá julgar o processo que pode levar à cassação do mandato dele na Câmara de Belo Horizonte. A solicitação faz parte da defesa do parlamentar, protocolada nesta quinta-feira (14), e que solicita o arquivamento da denúncia contra o atual presidente do Legislativo municipal.

No documento ao qual o Hoje em Dia teve acesso, Gabriel destaca situações que, segundo ele, “impedem a vereadora de compor a comissão processante, em especial como relatora”.

O primeiro tópico abordado por Gabriel é o fato de Marli ser mãe do atual secretário de Estado de Casa Civil, Marcelo Aro, declarado opositor do alvo da comissão. “Assim, temos claramente que o secretário de estado, Sr.Marcelo Aro, filho da vereadora, deixa claro seu posicionamento e o interesse claro que o vereador Gabriel Azevedo seja cassado”.

No documento também consta um tópico ressaltando a reação da relatora ao ser anunciada como membro da comissão. Segundo o documento, “é necessário desconfiar da imparcialidade de alguém que ao ser nomeada membro da comissão processante comemore com um sorriso no rosto como esse”. Para exemplificar, ele anexou a foto das vereadoras sorteadas para compor o grupo, entre elas Marli.

Gabriel também questiona a "influência" e a "personificação da família Aro" na pessoa da Professora Marli. “Assim, temos que, em se tratando de um pedido de personificação na vereadora Professora Marli, que fora apresentado pela deputada federal Nely Aquino, esta não pode fazer parte da comissão, nos termos do regimento interno da casa”.

Com base principalmente nesses tópicos, Gabriel solicitou o afastamento da vereadora da comissão processante.

O parlamentar protocolou nesta quinta a defesa no processo de cassação imposto contra ele. No dia 4 de setembro a Casa Legislativa acatou, com 26 votos favoráveis, o pedido de abertura do processo contra Gabriel.

Na mesma sessão a comissão processante foi sorteada. Compõem o trio as vereadoras Iza Lourença (Psol), como membro, Janaina Cardoso (União), como presidente, e Professora Marli, como relatora. As três haviam votado a favor da instauração do processo.

No dia 5 ele foi notificado oficialmente pela comissão acerca da abertura do processo e teria até esta sexta-feira (15) para apresentar a defesa.

A equipe do Hoje em Dia entrou em contato com a assessoria da Professora Marli e aguarda retorno.

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