Sem atender às principais exigências dos partidos políticos, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), anunciará quarta-feira (27) a nova composição do primeiro escalão com a expectativa de que as legendas aliadas lhe garantam a governabilidade. Na segunda-feira (26), ele disse esperar que as siglas não saiam insatisfeitas do processo e ainda confirmou a busca pelo atendimento de demandas do “Estado” e de vereadores.

“Levamos tempo, tomamos cuidado para termos uma boa governabilidade, ou seja, a prefeitura funcionando bem, o governo atendido e as forças políticas presentes na nossa aliança – e também lideranças na Câmara – atendidas”, afirmou no primeiro pronunciamento desde a tensão por cargos na prefeitura.

Lacerda negou o pleito do PSDB pela Secretaria de Obras e recusou a indicação de Ronaldo Gontijo, vereador pelo PPS, à pasta da Educação. Nem mesmo deixou aberta a possibilidade de Gontijo assumir a Regional Barreiro, segundo fontes ligadas às negociações.

Ao PSDB garantirá a manutenção da Secretaria de Saúde, a cargo de Marcelo Teixeira, e da BHTrans. Também dará mais uma pasta bem como o comando da Sudecap aos tucanos. Para os integrantes do PPS ofereceu a Secretaria Adjunta de Cidadania, a ser preenchida por Sílvia Helena.

Com isso, Lacerda admite anunciar o secretariado com dois ou três cargos pendentes. Nos bastidores, os partidos reclamaram que, além de negar-lhes as reivindicações, o socialista ainda subordinou os nomes a uma avaliação técnica.

Ele diz que o procedimento é comum e que resolveu dividir o grupo de secretariáveis em três. “Temos um grupo que é escolha pessoal do prefeito, pessoas de perfil técnico; outro grupo, principalmente funcionários de carreira, de perfil técnico, e um terceiro que são indicações políticas, mas também pessoas de bom perfil profissional”, afirmou. Na prefeitura, poder de fato terão os integrantes do primeiro grupo, composto por ex-funcionários das empresas do prefeito, ex-empresário. l

 

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