Laranja de Geddel no bunker diz ter trabalhado na campanha de Aécio

Estadão Conteúdo
28/12/2017 às 18:11.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:29
 (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

(Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Gustavo Pedreira Ferraz, que admitiu buscar malas de dinheiro para Geddel Vieira Lima, afirmou à PF ter trabalhado na campanha Presidencial de 2014 para o então candidato Aécio Neves (PSDB). Ex-diretor da Defesa Civil de Salvador, Bahia, ele resolveu colaborar com investigações sobre o bunker dos R$ 51 milhões. As digitais de Ferraz foram encontradas nas cédulas de R$ 50 e R$ 100 que rechearam as malas e caixas de dinheiro encontradas na maior apreensão da história da PF. Por meio de sua assessoria, o senador nega que Gustavo tenha trabalhado em sua campanha.

Conselheiro de ética do PMDB na Bahia, Ferraz admitiu que, em 2012, buscou uma mala de dinheiro em um hotel em São Paulo para o ex-ministro. Ele afirma que ainda voltou a Salvador em voo fretado e foi levado por um motorista do PMDB até a casa de Geddel, aonde o dinheiro da mala foi contado. Ferraz se diz traído já que esperava que o ex-ministro repassasse o montante para as campanhas de candidatos baianos às Prefeituras e, na verdade, foram parar no bunker.

Ele afirma à PF que também colaborou para a campanha de Geddel ao governo estadual, em 2010. À época das eleições de 2012, ele alega ter sido assessor de bancada do PMDB na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia.

Ferraz assumiu em 2013, a superintendência da Indústria e Comércio de Salvador, função que exerceu até o fim de 2014.

Naquele ano, ele diz ter feito campanha política para Geddel, então candidato ao Senado, Paulo Souto, candidato ao Governo do Estado da Bahia, e Aécio Neves, candidato à Presidência.

Ferraz foi preso na Operação Tesouro Perdido, após serem encontradas suas digitais nas notas do bunker dos R$ 51 milhões. Ele pagou fiança para deixar a cadeia. O valor, estipulado pelo Supremo, foi de 50 salários mínimos.

Defesas

A defesa de Aécio Neves afirmou que "o sr Gustavo Ferraz não trabalhou na campanha presidencial do PSDB em 2014".

A reportagem não localizou Paulo Souto.Leia mais:
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