Investigação na CMBH

Léo Burguês pede para vereadores aprovarem processo de investigação contra ele

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
06/02/2023 às 18:47.
Atualizado em 06/02/2023 às 19:02
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Na mira de um processo de impeachment, o vereador Léo Burguês (União) usou sua fala na reunião plenária na tarde desta segunda-feira (6), na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), para pedir que seja investigado. E que possa ter o direito de se defender adequadamente contra as denúncias de corrupção feitas em uma investigação da Polícia Civil.

“Pela gravidade dos fatos, não vejo outro caminho que não seja o caminho adotado pelo presidente [Gabriel Azevedo, sem partido] de colocar esse pedido de abertura nessa casa; como também não vejo outro caminho senão que todos os vereadores de Belo Horizonte abram esse processo de investigação e possível cassação do meu mandato”, disse o vereador.

Ele pediu aos vereadores que aprovem a abertura do processo de investigação e alegou que essa será a oportunidade para mostrar aos seus colegas e à sociedade que é inocente.

“Caso não se comprove nenhum delito, que esse cenário também vote sem pena. Pois se não houve confirmação de crime, não há porque qualquer tipo de penalidade contra o meu mandato”, afirmou.

Na manhã desta segunda-feira, o presidente da CMBH convocou uma entrevista coletiva para dizer que aceitou o pedido de impeachment contra Léo Burguês, que é investigado pela Polícia civil por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, "rachadinha", entre outros. 

O vereador lembrou casos recentes de vereadores cassados por corrupção e disse que sua situação é diferente. "Sou inocente e vou até o final", afirmou.

O pedido de impeachment foi lido em plenário e na quarta-feira (8) será submetido aos demais vereadores. Caso eles aprovem a proposta, serão sorteados três vereadores para compor uma Comissão que irá avaliar o pedido de cassação e produzir um relatório para votação em plenário.

Para cassar o vereador serão necessários 28 votos entre os 41 vereadores da capital.

Histórico

Não é a primeira vez que Léo Burguês se envolve em polêmicas na CMBH. Em 2021, o vereador chegou a ser condenado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) a devolver R$ 126 mil aos cofres públicos por causa de gastos indevidos das verbas indenizatórias da Câmara, segundo o tribunal.

Na época, Léo Burguês foi acusado pelo TCE de utilizar recursos públicos para comprar lanches congelados na lanchonete de sua madrasta, no caso que ficou conhecido como "Coxinha da madrasta" e virou até marchinha de Carnaval

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