Durante discurso de diplomação como presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas e fez uma crítica indireta ao atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), pela conduta durante as eleições no segundo turno.

“Os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida em todo o mundo", disse, sem citar o nome do atual chefe do Executivo. "Ameaçaram as instituições. Criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação", completou.

Após o resultado das eleições, o PL, partido de Bolsonaro, chegou a enviar ao Tribunal Superior Eleitoral um pedido de anulação do segundo turno por supostas fraudes em urnas eletrônicas. O pedido foi recusado pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes, por falta de provas. Moraes ainda considerou a ação ilícita e de má-fé, condenando o partido a pagar multa de R$ 22 milhões.

Compra de votos

Lula também questionou um suposto uso de dinheiro público na campanha de seu adversário para “compra” de votos.

“Tentaram comprar o voto dos eleitores, com falsas promessas e dinheiro farto, desviado do orçamento público. Intimidaram os mais vulneráveis com ameaças de suspensão de benefícios, e os trabalhadores com o risco de demissão sumária caso contrariassem os interesses de seus empregadores", completou.

Lula e o vice eleito, Geraldo Alckmin (PSB), foram diplomados nesta segunda-feira (12) pelo Tribunal Superior Eleitoral. A cerimônia aconteceu em Brasília, na sede do TSE.

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