O ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (24) que falta pouco para formalizar uma aliança com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), para as eleições que acontecem em outubro deste ano.

Lula quer que Kalil seja seu palanque para o pleito em Minas Gerais. O prefeito de BH ainda não formalizou a informação, mas é nome apontado como possível candidato ao governo do Estado. Segundo o ex-presidente, não é possível confirmar a aliança ainda, mas sugeriu que ela seria benéfica para ambos. "O que as pesquisas indicam é que o Kalil precisa de mim, eu preciso do Kalil e juntos somos mais fortes".

Ainda conforme o petista, o que ainda dificulta o trâmite são as candidaturas ao Senado, que até então tem nomes dos partidos de Lula e Kalil. Pelo PT, a disputa pelo pleito será com o deputado federal Reginaldo Lopes, pelo PSD, Alexandre Silveira deve tentar a reeleição.

Lula afirmou que é necessário reconhecer o direito de Silveira buscar a reeleição, mas que hoje o PT tem uma candidatura bem avaliada nas pesquisas e que precisa ser considerada.

O presidenciável disse que a aliança tem sido debatida nacionalmente, com participação do presidente do PSD, Gilberto Kassab, e afirmou que uma definição tem que sair em breve, citando como referência o dia 2 de abril, data em que fecha a janela de transferência partidária.

Outras alianças

Lula ainda fez críticas ao atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL) e respondeu a questionamentos sobre a aliança com Geraldo Alckmin (PSB).

Segundo ele, unir-se com o ex-governador de São Paulo, que foi adversário dos petistas em outras eleições presidenciais, não é contraditório. Segundo ele, "contraditório seria ter um vice do próprio PT, que daria uma soma zero". O ex-presidente afirmou ainda que é necessário recuperar o Brasil e, para isso, é preciso aliança entre diversos setores do país.

As declarações foram dadas durante uma entrevista à rádio Super FM.