Maia indica que só fará sessão para cassação de Cunha com quórum mínimo de 460

Estadão Conteúdo
16/08/2016 às 13:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:23
 (Estadão Conteúdo)

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), indicou nesta terça-feira (16), que só dará prosseguimento à sessão plenária de votação da cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), marcada para 12 de setembro, se houver pelo menos 460 parlamentares presentes. Segundo ele, a data marcada por ele vai ao encontro do desejo da sociedade, de encerrar o caso do peemedebista antes das eleições municipais.

"Vai ter quórum todos os dias", afirmou Maia, ao ser perguntado sobre se acredita que deputados comparecerão às sessões marcadas durante o período eleitoral. Questionado se mesmo no dia da votação da cassação de Cunha haverá quórum, respondeu: "460 (deputados)". "A data tem a racionalidade dela e corresponde ao que a sociedade espera, de encerrar antes do processo eleitoral", emendou o presidente da Câmara.

A oposição tem criticado Maia por ter marcado a votação da cassação para depois da conclusão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, como deseja o Palácio do Planalto e a maior parte da base aliada do presidente em exercício Michel Temer. O temor é que Cunha retalie o governo após ser cassado e que isso acabe prejudicando o processo de impedimento de Dilma.

Opositores acusam Maia e o Planalto de estarem tentando ajudar o deputado afastado do PMDB. Para lideranças da Rede e PSOL, o presidente da Câmara marcou a votação para 12 de setembro, uma segunda-feira, para que não haja quórum e, com isso, a votação tenha de ser adiada para após as eleições, quando seria mais fácil deputados votarem abertamente a favor de Cunha, ou seja, contra sua cassação.

Como mostrou o Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) na semana passada, a bancada do PMDB articula para se ausentar no dia da votação. Segundo relatos de peemedebistas, mais da metade dos 66 deputados do partido podem faltar à sessão marcada para 12 de setembro, usando como desculpa a dedicação à campanha municipal. Ao faltarem, acabam ajudando o correligionário, uma vez que os opositores de Cunha é que precisam garantir os 257 votos pela cassação.

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