Ministro afirma que população apoia a Reforma da Previdência

Heraldo Leite
hleite@hojeemdia.com.br
18/01/2018 às 14:55.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:50
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

Enquanto o ministro chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, garante que o Governo  terá os 308 votos necessários para a aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, o presidente em exercício da Câmara, deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) negou que a proposta seja aprovada em fevereiro, como pretende o Palácio do Planalto. Os dois participaram, nesta quinta (18), de uma reunião com parlamentares e representantes de entidades empresariais na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). 

Ambos se esquivaram de dizer quantos votos já têm. Marun disse que não estão fazendo a contagem, mas o número será obtido até o dia 19 de fevereiro, data provável da votação em plenário. Ramalho também não fez contas e limitou-se a dizer que a proposta ainda tem pouco votos. "Falta muito ainda", disse.

O ministro Carlos Marun, que tem percorrido o país articulando apoio para a reforma, estima que "se 100% da população fosse esclarecida sobre a proposta, pelo menos 90% apoiariam as mudanças". Ele disse que o Planalto conta com pesquisas internas indicando esta posição. Em contrapartida, o deputado Fábio Ramalho criticou que a comunicação do Governo "foi errada desde o início" e que ele mesmo teria sugerido a adesão de comunicadores, entre os quais o apresentador Silvio Santos, que deverá fazer campanhas em sua emissora ao lado do presidente Michel Temer.

O parlamentar também criticou que a proposta do Governo não contempla todos os setores e que prejudicará as camadas mais pobres e sugeriu algumas mudanças. "Do jeito que este texto está, eu voto contra", adiantou Ramalho.

Já o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, garantiu que tem apoio em todos os setores que poderá se reunir com segmentos hoje contrários à reforma. "Eu me reúno com quem me convida", resumiu Marun.

Ministério do Trabalho

O ministro Carlos Marun também adiantou que o Palácio do Planalto vai manter a decisão de nomear a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho, impedida de tomar posse por decisão judicial. "O presidente  não pode abrir mão de sua prerrogativa de nomear seus ministros. Respeitamos a magistratura, mas a decisão fere a Constituição", afirma.

"Não tem cabimento não nomear um empregador, por exemplo, por ele ter ações na Justiça do Trabalho. Qual o empregador deste país que nunca perdeu uma ação judicial de trabalho?", questionou o ministro.

Cristiane Dias foi impedida judicialmente de tomar posse por já ter sido condenada na Justiça do Trabalho por violação de direitos. O magistrado responsável pelo caso considerou que a nomeação da petebista ofende o princípio da moralidade administrativa.   

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