Na 'Lava Jato', Moro condena Bendine a 11 anos de prisão

Estadão Conteúdo
07/03/2018 às 17:38.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:44
 (PIERVI FONSECA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO)

(PIERVI FONSECA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO)

O juiz federal Sérgio Moro condenou o ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine a 11 anos de prisão na Operação "Lava Jato", por corrupção e lavagem de dinheiro. Bendine é acusado de receber R$ 3 milhões da Odebrecht em supostas propinas em 2015.

Em sentença, o juiz federal ressaltou que Bendine "assumiu o cargo de Presidente da Petrobras em meio a um escândalo de corrupção e com a expectativa de que solucionasse os problemas existentes". "O último comportamento que dele se esperava era de corromper-se, colocando em risco mais uma vez a reputação da empresa. Entendo que a prática do crime no contexto em que se insere foi muito grave e denota elevada culpabilidade ou personalidade desviada", anotou.

Bendine está preso desde 27 de julho passado, alvo da Operação Cobra, 42.ª fase da "Lava Jato".

O executivo esteve à frente do Banco do Brasil entre 17 de abril de 2009 e 6 de fevereiro de 2015, e foi presidente da Petrobras entre 6 de fevereiro de 2015 e 30 de maio de 2016. Assumiu o comando da estatal petrolífera com a missão de acabar com a corrupção nas diretorias.

Bendine foi acusado de exigir R$ 17 milhões em propinas da Odebrecht. Segundo a investigação, ele acabou recebendo R$ 3 milhões em três parcelas de R$ 1 milhão, entre junho e julho de 2015, enquanto ocupava a Presidência da Petrobras. Em troca, teria agido em defesa dos interesses da empreiteira.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Bendine e deixou está aberto para manifestação.
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