PGR determina leilão de bens de mensaleiro

Ana Flávia Gussen - Do Hoje em Dia
09/03/2013 às 11:23.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:44

A Procuradoria Geral da República (PGR) determinou o leilão judicial dos bens do advogado Rogério Lanza Tolentino, condenado a seis anos de dois meses de prisão por envolvimento no esquema do mensalão do PT. O réu foi intimado, na última sexta-feira (8), pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, a se manifestar sobre a petição.

O total de bens leiloados deve chegar a R$ 494 mil, valor da multa definida pela Justiça. Tolentino teve seus bens sequestrados pela Justiça ainda em 2006, um ano depois que a ação penal 470 chegou ao STF. Braço direito e contato de Marcos Valério no Banco Rural, Tolentino foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção no ano passado. Ele teve recurso para desbloqueio dos bens indeferido no fim de 2011.

A petição da procuradoria foi anexada a uma ação cautelar que tramita desde 2006, após pedido do Ministério Público Federal, na Suprema Corte e que determinou o bloqueio dos bens dos réus envolvidos no caso.

Em outra petição apensada à essa mesma ação, uma empresa pede o desbloqueio de um Fiat Ducato 2004 que pertencia a um ex-sócio de Valério e condenado a 25 anos de prisão. Nesse caso, o bem foi liberado já que ele havia sido vendido a uma terceira pessoa antes da denúncia.
 


Avalanche

 

O pedido de liberação de bens de Valério foi indeferido. Condenado a 40 anos por operar do esquema do mensalão, Valério solicitou em 2011 ao STF o desbloqueio para vender uma tropa de cavalos.

Há duas semanas, Tolentino, Valério e outros dez investigados tiveram os bens bloqueados por envolvimento em um outro esquema de espionagem, fraude e ameaças contra fiscais em São Paulo. O sequestro dos bens pela Justiça federal, em caráter liminar, alcançou a cifra de R$14,1 milhões e trata-se de um braço da operação “Avalanche”, deflagrada em 2008.

Tolentino e Valério montaram um esquema para difamar dois fiscais que teriam autuado em R$ 100 milhões a Cervejaria Petrópolis, empresa de um amigo de Valério, Walter Faria. A ação por improbidade administrativa corre em segredo de justiça. O Hoje em Dia não conseguiu contato com o advogado de Tolentino.

 

 

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