Polícia Federal indicia Lula, Mariza, Palocci e mais quatro por corrupção e lavagem de dinheiro

Da redação*
Hoje em Dia - Belo Horizonte
12/12/2016 às 22:50.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:03
 (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

(Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

A Polícia Federal (PF) indiciou nesta segunda-feira (12) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a esposa dele e ex-primeira dama Mariza Letícia, o ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e outras quatro pessoas na Operação “Lava Jato”. A acusação contra o ex-presidente é de crime de corrupção passiva, enquanto todas as demais pessoas foram indiciadas por lavagem de dinheiro.

As acusações estão ligadas a supostos atos de corrupção perpetrados com auxílio da Construtora Odebrecht. Mas o ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, não foi indiciado devido ao fato de que ele já responde por corrupção ativa, crime que lhe poderia ser imputado.

O indiciamento trata da compra de um terreno, que seria utilizado para a construção de uma sede do Instituto Lula, e sobre o aluguel de um apartamento que fica em frente ao que o ex-presidente mora. De acordo com a acusação da Polícia Federal, em ambos os casos houve pagamento de propina da construtora a Lula.

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Os dois casos corriam em inquéritos diferentes, mas o delegado Márcio Adriano Anselmo, que conduz as investigações, considerou que os fatos são correlatos. Conforme a investigação, uma parte da propina entregue pela Odebrecht a Antônio Palocci foi usada para comprar o terreno que seria usado para a construção da sede do Instituto Lula. O terreno foi adquirido por meio da DAG Construções que, segundo a polícia, atuava como um preposto da Odebrecht. Embora o terreno tenha sido comprado, não houve mudança na sede do instituto para o referido terreno.

Já no caso do apartamento, o comprador teria sido Glaucos da Costamarques, que o alugou ao ex-presidente Lula, em um contrato em nome da ex-primeira-dama Marisa Letícia. 

A polícia diz que a operação foi realizada para ocultar o verdadeiro dono do imóvel, que seria Lula, que o teria adquirido também por meio de propina obtida junto à Odebrecht, com a intermediação de Palocci.

(* Com agências)

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