Ataque da honra?

Prefeito de BH pede ao MPMG abertura de investigação contra Gabriel Azevedo por abuso de autoridade

Fuad também pede investigação do procurador do Ministério Público de Contas

Angel Drumond
portal@hojeemdia.com.br
02/09/2023 às 15:04.
Atualizado em 02/09/2023 às 15:18
 (FOTO: LUCAS PRATES/ JORNAL HOJE EM DIA)

(FOTO: LUCAS PRATES/ JORNAL HOJE EM DIA)

Fuad Noman, prefeito de Belo Horizonte, apresentou notícia crime ao MPMG e requereu a instauração de inquérito para verificar o presidente da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo, por suposto abuso de autoridade e por atacar a honra do chefe do executivo da capital mineira. Segundo a nota, a prática dos ilícitos também teria sido cometida pelo procurador do Ministério Público de Contas, Glayson Santo Soprani Massaria.

De acordo com o documento enviado ao MP, o vereador Gabriel Azevedo, “exercendo a liderança da oposição, abusa do número de Comissões Parlamentares de Inquérito instauradas na casa legislativa municipal, sendo seis, apenas esse ano”. 

As nomenclaturas “chefe de uma máfia", “mafioso de suspensórios”, “líder de organização criminosa” e a utilização de palavras de baixo calão (canalha) ditas por Gabriel, para se referir a Fuad, também são citadas na notícia crime. 

Sobre o procurador do Ministério Público de Contas, a queixa é por incitar o o impeachment do Prefeito de Belo Horizonte. O advogado indica a investigação de abuso de autoridade do procurador. 

A notícia crime tramita perante a Procuradoria-Geral de Justiça e o procurador-geral de Justiça do MPMG, Jarbas Soares Júnior considerou graves as imputações atribuídas pelo parlamentar ao prefeito. Gabriel e Glayson deverão prestar esclarecimentos, no prazo de 30 dias, na notícia crime que apura os crimes de calúnia, difamação, injúria e abuso de autoridade.

Procurado pela reportagem do Hoje em Dia, o presidente da Câmara de Vereadores, Gabriel Azevedo, afirmou que “o prefeito não sabe conviver com a democracia”. 

“Não há ilicitude em fazer oposição e fico muito honrado em ser intitulado “líder” pelo prefeito. Belo Horizonte precisa de líderes que retirem a cidade da lerdeza.Não existe número máximo de CPIs definido em lei e não é o Prefeito que escolhe como quer ser fiscalizado. E toda CPI depende da assinatura de pelo menos 14 vereadores”, destacou Azevedo.

Gabriel ainda informou que não recebeu nenhuma notificação e que qualquer problema relacionado à prefeitura tem que ser de responsabilidade do prefeito. ”Quanto a responsabilizar o prefeito sobre irregularidades da prefeitura… ele queria que a responsabilidade fosse de quem? Ele me acusa do que ele faz. Respeito muito o Ministério Público de Minas Gerais e confio nas instituições.

O procurador do Ministério Público de Contas, Glayson Santo Soprani Massaria foi procurado pela reportagem, mas até o fechamento da matéria não havia respondido. A matéria será atualizada após o seu depoimento. 

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