Presidente Dilma aceita pedido de demissão do ministro Antonio Patriota

Valdo Cruz, Natuza Nery e Andréia Sadi - Folhapress
26/08/2013 às 19:56.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:20

BRASÍLIA - O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, deixou o cargo na noite desta segunda-feira (26). Ele caiu após o diplomata brasileiro Eduardo Saboia patrocinar a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina de seu país.

Em nota à imprensa, a presidente Dilma Rousseff anunciou a indicação de Patriota para a Missão do Brasil na ONU e agradeceu a atuação do ex-ministro "nos mais de dois anos que permaneceu no cargo". Nesta tarde, a presidente se reuniu com Antonio Patriota, no Palácio do Planalto, por cerca de 50 minutos.

Assumirá interinamente a pasta o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, atual embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU).. Foi coordenador da cúpula ambiental Rio+20.

Segundo assessores presidenciais, Dilma ficou irritada ao ser pega de surpresa com a atuação de funcionários da embaixada do Brasil na Bolívia no embarque do senador, condenado a um ano de prisão por corrupção.

Ele estava abrigado na embaixada do Brasil havia 15 meses. Patriota foi chamado para uma conversa com a presidente no início da noite de hoje no Palácio do Planalto.

A versão do Planalto e do Itamaraty é de que o governo não autorizou e nem sequer sabia da operação para retirar Molina do país vizinho. O senador não podia sair do prédio por falta de um salvo conduto do governo boliviano.

Em junho deste ano, o Itamaraty, a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria Geral da República se posicionaram contra conceder asilo político ao senador boliviano, que queria deixar a Bolívia rumo ao Brasil de carro.

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