O delegado Filipe Hille Pace, da Polícia Federal, afirmou nesta sexta-feira, (18), que "chamou a atenção a quantidade de dinheiro" que o ex-deputado Cândido Vaccarezza mantinha guardada em casa. O ex-parlamentar foi preso em São Paulo na Operação Abate, desdobramento da "Lava Jato". Com ele foram apreendidos ao menos R$ 122 mil. De acordo com a Coluna do Estadão, também foram apreendidos pela PF relógios de marca e quadros.
"Chamou atenção a quantidade de dinheiro que ele tem em espécie em casa", disse o delegado, ressaltando que o ex-parlamentar não sopube explicar a origem do dinheiro. "Não identificamos o porquê do dinheiro (em casa), se ele tem razão em corrupção, mas não podemos descartar que seja possível", afirmou.
A Abate investiga contratação do fornecimento de asfalto pela empresa estrangeira Sargeant Marine à estatal petrolífera, mediante o pagamento de propinas a funcionários públicos e agentes políticos.
Um grupo apadrinhado por Vaccarezza teria usado a influência do ex-deputado para obter contratos da estatal com a empresa estrangeira. Recursos teriam sido direcionados para pagamentos indevidos a executivos da estatal e agentes públicos e políticos, além do próprio ex-parlamentar.Leia mais:Vaccarezza não conseguiu justificar dinheiro achado em sua casa, diz delegado
Vaccarezza pegou propina de US$ 500 mil, acusa 'Lava Jato' ao prender ex-deputado