Temer cria Secretaria Nacional de Cultura após críticas e protestos

Da Redação*
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15/05/2016 às 11:28.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:26
 (YouTube/Reprodução)

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Após receber várias críticas da classe artística, o presidente interino Michel Temer resolveu criar uma Secretaria Nacional de Cultura ligada à Presidência. Para comandar a secretaria, Temer tem estudado colocar uma mulher.

O presidente interino também já havia sido criticado por todos os cargos do primeiro escalão do governo terem sido ocupados por homens. Uma das mais cotadas para a nova secretaria é a ex-secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro Adriana Rattes.

O Ministério da Cultura (MinC) foi extinto na última quinta-feira após Dilma Rousseff ser afastada e Temer tomar posse como presidente interino. Com a extinção, o MinC foi unido à pasta da Educação, que passou a ter como ministro Mendonça Filho (DEM). 

Repercussão

Na sexta-feira, o ministro Mendonça Filho foi hostilizado ao se apresentar aos servidores do MinC, quando os manifestantes pediram pela manutenção do ministério e o chamou de "golpista".

A Associação Procure Saber, formada por músicos como Chico Buarque, Caetano Veloso, Djavan e Marisa Monte chegou a divulgar uma carta aberta criticando a extinção do MinC. No texto, a associação diz que “entre as grandes conquistas da identidade democrática brasileira está a criação do Ministério da Cultura, em março de 1985, pelo então presidente José Sarney”.

Neste sábado (14), durante o segundo dia do festival que celebra a reabertura da Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, o cantor Carlinhos Brown também aproveitou a oportunidade para dar sua opinião sobre a extinção do ministério. “Aqui é um país de democracia, minha opinião sobre [a extinção do] Ministério da Cultura é que é um tiro no pé. Nós estamos unânimes quanto a isso. Meu Brasil está intacto em meu coração, na forma de ser e na forma de respeitar as pessoas. Espero que todos cheguem a um caminho bonito, mas a democracia está pedindo um Ministério da Cultura”, disse o cantor.

O cantor baiano Lazzo Matumbi se apresentou, como convidado de Brown e criticou o redesenho ministerial feito pelo presidente interino da República, Michel Temer, e a extinção do Ministério da Cultura. Na plateia, também houve manifestações sobre o tema com cartazes com os dizeres "Cultura sim. Golpe não". O público também se manifestou contra o presidente interino gritando frases como "Fora Temer".

*Com Agência Brasil

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