Mineração

Vereadores colhem assinaturas para criar CPI contra mineração na Serra do Curral; entenda

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
02/05/2022 às 16:31.
Atualizado em 02/05/2022 às 16:34
 (Divulgação/Flickr PBH)

(Divulgação/Flickr PBH)

A vereadora Duda Salabert (PDT) e o vereador Gabriel Azevedo (sem partido) estão buscando assinaturas no plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) para tentar instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que quer investigar o processo de aprovação de mineração na Serra do Curral. A intenção dos vereadores é conseguir 14 assinaturas necessárias para dar prosseguimento ao processo.

A iniciativa de criar a CPI foi anunciada por Duda Salabert por meio de suas redes sociais na manhã desta segunda-feira (2). Segundo a vereadora, a Comissão deve investigar a participação da Prefeitura de Belo Horizonte durante a análise da proposta de mineração na serra, aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), na madrugada do último sábado (30).

“Decidi entrar com pedido para início de uma CPI para investigar possíveis omissão e descaso da Prefeitura de BH diante do maior ataque da história contra a Serra do Curral”, disse a vereadora.

A parlamentar acompanhou a reunião que aprovou a mineração e classificou o resultado dos debates, que duraram 18h, como “um dos mais absurdos da história de MG”. A vereadora questionou ainda o atraso da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em votar e transformar a Serra do Curral em patrimônio estadual, o que impediria a aprovação de projetos de mineração no local.

A construção de um complexo minerário na Serra do Curral, perto do Pico Belo Horizonte, foi aprovada na madrugada deste sábado (30), durante reunião do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam-MG). O projeto da Taquaril Mineração S.A (Tamisa) recebeu oito votos favoráveis e quatro contrários. 

Ao Hoje em Dia a PBH disse que o Conjunto Paisagístico da Serra do Curral, em seu perímetro municipal, foi tombado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município em 7 de janeiro de 2004. Sobre a fala da vereadora, a prefeitura informou que "está estudando as medidas judiciais cabíveis"

A reportagem também procurou a ALMG e aguarda retorno.

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