Surpreendido

Vice-governador Paulo Brant classifica exonerações em seu gabinete de 'ato truculento e mesquinho'

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
11/08/2022 às 16:08.
Atualizado em 11/08/2022 às 17:14
 (Divulgação/PSDB)

(Divulgação/PSDB)

O vice-governador Paulo Brant (PSDB) partiu para o ataque contra o governador Romeu Zema (Novo) e classificou de mesquinha e truculenta a decisão tomada pelo líder do Executivo estadual , que exonerou 23 servidores que trabalhavam no gabinete de Brant nesta quinta-feira (10).

Na opinião do tucano, o ato é incompatível com a lealdade que teria marcado a relação entre os dois políticos nestes últimos anos. “A meu juízo, trata-se de um ato mesquinho e truculento, incompatível com a lealdade e o respeito que sempre pautaram o nosso relacionamento”, acusou o vice-governador em nota divulgada à imprensa.

Paulo Brant ainda afirmou que o governador agiu contra princípios básicos da democracia e misturou interesses partidários e eleitorais com as atividades do governo.

Segundo ele, o ato não respeita a separação “dos interesses partidários na condução das questões de Estado”; assim como demonstra intolerância com ideias políticas diferentes da do governador; e desconsidera o fato de que o vice-governador foi eleito pela população de Minas Gerais, diplomado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais e empossado pela Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais tanto quanto o governador.

Questionado sobre o esvaziamento do gabinete e sobre a substituição dos servidores exonerados, o Governo de Minas limitou-se a responder que os cargos comissionados no Executivo, mesmo que no gabinete do vice-governador, são indicações do governador e podem ser exonerados a qualquer momento.

“Cabe ao Chefe do Executivo, em última análise, avaliar se os servidores em cargos de confiança continuam ou não a contribuir para o desenvolvimento do estado”, afirmou a assessoria do governo mineiro.

O governo estadual afirma ainda que avisou Brant com antecedência, porém, o vice-governador afirma que foi surpreendido pela exoneração na manhã desta quinta-feira.

“Estou decepcionado, mas determinado a continuar servindo a Minas Gerais como venho fazendo ao longo de toda minha vida, e defendendo aquilo que considero o melhor para os mineiros. Afinal, como dizia o poeta: 'Minas Gerais nunca deixará de ser o altar de homens livres'”, concluiu o vice-governador. 

Contexto eleitoral

Paulo Brant atribuiu o ato do governador a uma vingança pela decisão do vice-governador de se lançar em uma candidatura adversária de Romeu Zema nas eleições de outubro. 

Paulo Brant anunciou, nesta terça-feira (9), que será candidato a vice-governador na chapa do ex-deputado Marcus Pestana (PSDB). 

"O que motivou esse gesto? O meu direito como cidadão de participar das próximas eleições, em uma chapa não contrária, mas diversa da chapa do governador", afirmou Paulo Brant. 


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