(Hoje em Dia)
Num ano em que não faltaram crises, imagens impactantes deixaram suas marcas. Tragédia em Mariana, manifestações, atentados, refugiados e também shows, Carnaval e futebol fizeram o retrato dos 12 meses que findam hoje.
Ebulição política e crise econômica
Impeachment, recessão, manobras, pedaladas. Esse foi o tom do ano de 2015. Alvo de um conturbado processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff (PT) assistiu à debandada de setores do PMDB de sua base aliada, tendo dificuldades de votar medidas de ajuste fiscal no Congresso em busca da retomada do crescimento econômico. E ainda recebeu de seu vice, Michel Temer (PMDB/SP), uma carta repleta de críticas.
Pedra no caminho da petista, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), usou de infinitas manobras para acelerar a votação da cassação. Ele próprio é alvo de processo na Comissão de Ética da Casa por quebra de decoro parlamentar, acusado de mentir sobre a existência de contas em bancos suíços. Também é alvo da operação “Lava Jato”, da Polícia Federal, que investiga esquema de corrupção na Petrobras.
Em Minas Gerais, o governador Fernando Pimentel (PT) virou alvo da Polícia Federal. A operação Acrônimo investiga desvio de recursos, lavagem de dinheiro e caixa dois na campanha de 2014.
No mundo, mais crises. A Grécia quase quebrou; atentados terroristas do Estado Islâmico e guerras na Síria, Afeganistão, Eritreia, Somália e Nigéria geraram uma onda gigantesca de migração para a Europa.
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Movimento 2015
Um retrospecto de movimentos bons e ruins, extremos. O ano de 2015 foi marcado por imagens dissonantes. Em fevereiro, cores vivas, alegria, confete e batuque elevaram o Carnaval ao topo das prioridades de multidões. BH se consolidou como um dos principais destinos da folia. No segundo semestre, na esfera do patrimônio, a Pampulha seguia firme para se tornar joia do mundo, enquanto, um dos bens mais valiosos do país, o jovem, buscava garantir seus direitos nos 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em outubro, a capital batia recorde de calor (37,4°C) e, quando chovia, os estragos eram inevitáveis, como no temporal de Venda Nova, que arrastou carros na Vilarinho. Em novembro, a lama monocromática arrastou, arrasou, encobriu, matou. Não foi acidente, uma tragédia ainda sem punições aos culpados.
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Entre perdas e ganhos
Para os mineiros, o ano que se despede deixa o gosto amargo da ausência de um dos maiores poetas da MPB: Fernando Brant, falecido em 12 de junho. Não foi a única perda sentida: em 2015, também se foram Marília Pêra e Omar Sharif, entre outros. Tocados pela tragédia de Mariana, nomes como Caetano Veloso, Criolo e Milton Nascimento subiram ao palco em dezembro para soltar a voz – e arrecadar fundos, numa iniciativa digna de aplausos.No quesito retorno, a saga Star Wars movimentou o final do ano com “O Despertar da Força”. E ainda teve os 40 anos do Grupo Corpo a emocionar.
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Chegada e partidas
O ano de 2015 foi de boas-vindas e despedidas nos nossos Suplementos. No Auto Papo, o ano foi marcado pela chegada de dois SUVs que mudaram o mercado no Brasil: o Jeep Renegade e o Honda HR-V. No Caderno Bela, a imagem do ano foi a despedida das passarelas da uber model Gisele Bündchen, no São Paulo Fashion Week, em março. E no Caderno Territórios Gastronômicos, o ano foi marcado pela luta de todos os integrantes da cadeia produtiva para que fosse aprovada a Lei da Gastronomia Mineira, o que acabou acontecendo em novembro.
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Corrupção na Fifa, marca de 2015
O escândalo de corrupção na Fifa, escancarado em maio pela justiça dos Estados Unidos, fez de 2015 o ano em que os homens mais poderosos do futebol mundial foram rebaixados. Joseph Blatter, presidente da entidade, e seu secretário-geral, Jérome Valcke, perderam seus cargos, assim como Michel Platini, presidente da Uefa. O Brasil também foi atingido diretamente, com a prisão de José Maria Marin e o indiciamento de Ricardo Teixeira e Marco Polo del Nero.Dentro de campo, Neymar se consolidou, com a camisa do Barcelona, como um dos craques da atualidade. Na quadra, o Sada/Cruzeiro conquistou o bicampeonato mundial de vôlei. No cinquentenário do Mineirão, o Atlético conquistou o título mineiro, em cima da Caldense, jogando em Varginha. .