(Flávio Tavaes)
O América Futebol Clube questiona a inclusão de seu nome na Ação Civil Pública ajuizada pela 17ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, que pede o ressarcimento de R$ 120 milhões aos cofres públicos, em função da construção do novo estádio Independência com recursos do tesouro estadual.
O advogado Paulo Lasmar, um dos presidentes do clube, argumenta que o governo do Estado à época pediu ao América que cedesse o terreno para que fosse construído um novo estádio, capaz de receber jogos dos três times de futebol da capital enquanto o Mineirão fosse reformado. “Isso é um verdadeiro absurdo. Foi o governo que pediu a cessão do estádio”, argumenta.
“Reforma”
A promotoria não concorda com o termo “reforma” utilizado nos dois editais de licitação do Deop, e o utiliza entre aspas na Ação Civil Pública. Isso porque, no entendimento dos promotores, o empreendimento só foi caracterizado como “reforma” para que fosse possível aumentar em 50% o valor do contrato. Quando a obra é em um imóvel novo, o aditivo máximo é de 25%, de acordo com a Lei de Licitações 8.666.
A demolição
A demolição do antigo estádio Independência começou em 22 de janeiro de 2010, com a visita do então governador e atual senador Aécio Neves (PSDB).
À época, o tucano disputava com José Serra (PSDB-SP) para ser o candidato à Presidência da República e a reconstrução do Independência seria um ponta pé importante para preparar a capital mineira para o Mundial de futebol com antecedência.
Naquele dia, apesar de a cerimônia não ser aberta ao grande público, um grupo de jovens foi ao estádio e gritava “Aécio Presidente”.
Depois da cerimônia de assinatura do termo de início das obras, eles se sentaram nas esquinas das ruas Ismênia Tunes com Marcionilia Montigo e fizeram um lanche coletivo.
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