Após contato com Obama, premiê turco visita o Egito para debater Gaza

Folhapress
17/11/2012 às 11:51.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:21

SÃO PAULO - O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, inicia neste sábado (17) uma visita de dois dias ao Egito na qual deve debater com o presidente egípcio, Mohammed Mursi, a ofensiva israelense na faixa de Gaza e os últimos eventos na região. Erdogan viaja à capital egípcia pela primeira vez desde que Mursi assumiu a Presidência, em junho passado.

Depois de se reunir com Mursi, o primeiro-ministro participará de um ato na Universidade do Cairo. No domingo (18), discursará em um encontro com empresários turcos no hotel Samiramis da capital. Erdogan concluirá a viagem oficial com visitas ao Museu Egípcio e à mesquita de Mohammed Ali.

Tanto Erdogan quando Mursi criticam com dureza a operação israelense contra as milícias palestinas de Gaza e mantiveram contatos com aliados na tentativa der frear a escalada de violência.

O turco acusou, na sexta-feira, o governo israelense de agir por razões eleitorais, enquanto o egípcio chamou a ofensiva, batizada de Pilar de Defesa, de "agressão flagrante contra a humanidade" e enviou seu premiê, Hisham Qandil, a Gaza, em um gesto de solidariedade com os palestinos.

Na sexta, Erdogan falou por telefone com o presidente Barack Obama, dos EUA, maior aliado de Israel. Erdogan propôs a Obama trabalhar com Mursi para convencer o Hamas a um cessar-fogo, desde que os EUA garantam cumprimento por parte de Israel, segundo informações da agência de notícias turca Anadolu.

"Os dois líderes compartilham as suas preocupações sobre os perigos para as populações civis de ambos os lados e expressaram seu desejo comum de ver o fim da violência", afirmou a Casa Branca, em comunicado. "O presidente e o primeiro-ministro concordaram que a espiral contínua de violência ameaça as perspectivas de uma paz duradoura na região."

Segundo autoridades palestinas, ao menos 38 palestinos, sendo oito crianças, morreram desde o começo da operação israelense Pilar de Defesa, na quarta-feira. O Ministério da Saúde do Hamas afirma haver 330 feridos. Do lado israelense, três militares morreram num ataque de foguete, na quinta. Hoje, quatro soldados sofreram ferimentos leves em decorrência da explosão de um foguete, em Eshkol.

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