Após novo reajuste, gasolina tem aumento de até R$ 0,10 e já custa mais de R$ 4 em BH

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
05/09/2017 às 12:17.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:25
 (Renata Evangelista/Hoje em Dia)

(Renata Evangelista/Hoje em Dia)

Abastecer em Belo Horizonte nunca doeu tanto no bolso do motorista. O litro da gasolina, que no final de agosto podia ser encontrado a partir de R$ 3,299, hoje já ultrapassa R$ 4 em vários postos da cidade. E o valor máximo pode ultrapassar R$ 4,10 ainda na tarde desta terça-feira (5), uma vez que alguns postos ainda não repassaram o reajuste de 3,3% anunciado pelo Governo Federal para hoje nas refinarias.

O Hoje em Dia percorreu oito postos de combustíveis na manhã desta terça. Cinco já haviam repassado o aumento para o consumidor. Os demais ainda tinham estoque para as próximas horas. No Posto Ale da BR-356, a recarga está programada para as próximas horas. A gasolina, atualmente comercializada por R$ 4,099, deve ultrapassar a barreira dos R$ 4,10 ainda hoje. O impacto na bomba do último reajuste anunciado pelo governo tem sido de até R$ 0,10 por litro. O aumento revolta consumidores e preocupa donos de postos de combustíveis.

"O Brasil não tem respeito com o consumidor. Este aumento é abusivo. Mas o que o governo mais tem feito é abusar do povo", protestou Ademir Nilson de Oliveira, de 74 anos, surpreendido pelo novo reajuste aplicado nesta terça. Há dois meses, a Petrobras adotou uma nova política de reajustes, em que utiliza como base o "preço de paridade de importação".  Em vez de esperar um mês para revisar seus preços, a estatal agora avalia dia a dia as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente.

Procurado, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (MinasPetro) confessou que não saber avaliar se a estratégia adotada pelo governo federal é positiva para o país. "Mas o consumidor está sofrendo com o contínuo aumento", declaro o diretor Bráulio Chaves.
 Renata Evangelista/Hoje em Dia"Não tem lógica pagar este valor", esbravejou o consultor Ademar de Oliveira

Alternativa

Para tentar fugir das constantes altas, o taxista Adeilson Rodrigues Amâncio, de 46 anos, fez a conversão e mudou o carro para gás. "Não estava aguentando tanto aumento. Não tem como rodar com essa tarifa absurda", destacou.

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