Aperam investe no mix de produtos e quer ampliar as exportações

Bruno Porto - Hoje em Dia
17/03/2015 às 09:15.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:22
 (APERAM/DIVULGAÇÃO)

(APERAM/DIVULGAÇÃO)

O enobrecimento da linha de produtos é a apostas da Aperam South America (ex-Acesita), fabricante de aço inox instalada em Timóteo, no Vale do Aço, para este ano. Os investimentos previsto além da manutenção da usina somam US$ 26 milhões. Com a economia nacional andando de lado, a empresa vai monitorar a entrada de importados e ampliar as exportações.

Globalmente, a Aperam registrou em 2014 lucro líquido de US$ 95 milhões, saindo de um prejuízo de US$ 100 milhões no ano anterior. Na unidade da América do Sul, que desde dezembro tem Frederico Ayres Lima como novo presidente, a previsão é de negócios semelhantes aos de 2014.

“No planejamento para 2015 já se via um horizonte difícil, de crescimento baixo, problemas de infraestrutura e carga tributária. Mas o bom do aço inoxidável é que ele está ligado ao que está evoluindo no mundo e os clientes são muito diversificados”, afirmou o novo presidente, na companhia há 19 anos.

A unidade da América do Sul contribuiu com US$ 58 milhões dos US$ 94 milhões de geração de caixa do setor de inoxidáveis e aços elétricos da Aperam no quarto trimestre do ano passado.

Parte do investimento em 2015 (US$ 17 milhões) será alocada para início de produção do aço HGO (alta permeabilidade e maior eficiência energética). A empresa mapeou o mercado e detectou um crescimento de 5% ao ano na demanda por essa linha de produto. São cerca de 10 mil toneladas anuais de demanda. Outros US$ 9 milhões serão aportados na modernização da laminação. “Nesse cenário em que não se vê grande crescimento, é fazer o dever de casa e manter os clientes abastecidos com inovação do mix de produtos”, disse Lima.

A Aperam teve duas medidas de antidumping atendidas e que estão em vigência, fechando as portas para importados que praticavam concorrência desleal. Do lado das exportações, embarca cerca de 20% da produção. “Vamos sempre monitorar as importações, e neste ano, no caso das exportações, vamos aumentar um pouco, mas com o foco claramente ainda no mercado interno”, afirmou.
 

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