Arqueólogos revelam brinco de 2.200 anos encontrado em Jerusalém

Agence France Presse
08/08/2018 às 18:29.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:50
 (MENAHEM KAHANA / AFP)

(MENAHEM KAHANA / AFP)

Arqueólogos israelenses revelaram nesta quarta-feira (08) um brinco de ouro de mais de 2.200 anos de antiguidade, que representa a cabeça de um animal com chifres, a primeira descoberta deste tipo em Jerusalém, disseram.

O aro, de estilo helenístico, foi descoberto em outubro de 2017 durante escavações em um sítio arqueológico chamado Cidade de Davi e foi objeto de um artigo científico, mas ainda não havia sido apresentado à imprensa.

"Não sabemos muito sobre Jerusalém na época helenística", nos séculos III e II antes de nossa era, explicou Yuval Gadot, professor na Universidade de Tel Aviv e codiretor das escavações.

A cidade "sempre foi considerada muito conservadora, não deixava entrar objetos procedentes do mundo exterior", acrescentou, de modo que encontrar um brinco de estilo grego "é muito surpreendente".

"Isto abre um debate sobre a natureza da população de Jerusalém" naquela época, apontou.

Não se sabe se o brinco era usado por um homem ou uma mulher, assim como sua religião, afirmou a autoridade arqueológica israelense em um comunicado. 

Mas a qualidade da joia e o fato de ter sido descoberta perto do Monte do Templo, onde se elevava o templo judaico de Jerusalém destruído pelos romanos no ano 70 de nossa era, levam a supor que seu proprietário pertencia a uma classe privilegiada, acrescentou.

A Cidade de Davi se encontra aos pés da muralha da Cidade Velha em Silwan, um bairro palestino de Jerusalém Oriental, ocupado e anexado por Israel. 

É um sítio onde se realizam escavações israelenses intensivas e controversas, devido à disputa com os palestinos pela soberania de Jerusalém Oriental e à importância da questão histórica em tal contexto.

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