(Cristiano Machado)
O mercado de leilões de cavalos da raça mangalarga marchador cresce a passos largos. Em 2015, o setor movimentou R$ 270 milhões e, para este ano, a previsão é a de alcançar a marca dos R$ 300 milhões.
Grande parte do montante será negociada na 35ª Exposição do Cavalo Mangalarga Marchador, que vai até 23 de julho, no Parque da Gameleira. Somente o primeiro dos quatro arremates que serão realizados no evento, chamado Noite dos Campeões, deve girar R$ 3 milhões. Ele está agendado para amanhã.
“É um valor muito alto para leilões. São lotes de altíssimo valor agregado. A exposição é o evento mais esperado do ano por criadores do país”, explica o proprietário da Marcha News, empresa que organiza a Noite dos Campeões, Sandro Drumond Machado. Quarenta e dois lotes de animais serão oferecidos na noite. Os outros leilões serão realizados em 19, 21 e 22 de julho.
Os arremates de mangalarga marchador não refletem a crise econômica nacional, afirma o empresário. Segundo ele, os animais mais valorizados, que chegam à casa de R$ 1 milhão, continuam sendo negociados com facilidade. E são estes, os mais valorizados, que balizam o mercado. “Os animais mais baratos, na casa dos R$ 10 mil, também. Talvez, os que tiveram alguma alteração foram os com valor intermediário, mas nada drástico”, pondera.
Leia mais:
Mão de obra
O presidente da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador, Daniel Borja, ressalta o peso do segmento equino na economia. “No Brasil, todas as raças movimentam cerca de R$ 7,3 bilhões e empregam 3,2 milhões de pessoas, direta e indiretamente. Destes, 40 mil empregos diretos são dedicados exclusivamente à raça mangalarga marchador”, destaca.
O representante da entidade afirma que a mão de obra é altamente especializada e os salários pagos giram entre R$ 3 mil e R$ 12 mil.