Belo Horizonte enriquece rápido e sobe em ranking nacional

Bruno Moreno - Hoje em Dia
12/12/2014 às 06:02.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:21
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

A primeira década deste século foi excelente para a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Entre 2000 e 2010, houve um salto no Produto Interno Bruto (PIB). Em comparação com as 16 principais regiões metropolitanas do país, a de Belo Horizonte apresentou o maior crescimento do PIB per capita, com variação de 220%, saindo de R$ 7.735,99 para R$ 25.740,73 em apenas uma década.   Os dados constam no Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP), publicado no fim do mês passado. Para chegar a esses números, os pesquisadores utilizaram informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).   Em 2000, quando foram feitos os primeiros levantamentos do período analisado, o PIB da RMBH era de R$ 33,7 bilhões e, dez anos depois, chegou a R$ 120,8 bilhões, o que representa um crescimento de 258%.   Quarto polo nacional   Esses números renderam à principal região mineira uma importante subida no degrau das maiores economias do país. No início do século, a RMBH ocupava o quinto lugar no ranking das maiores economias dentre as regiões metropolitanas, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Porto Alegre. Mas, dez anos depois, a RMBH conseguiu aumentar a produção de riqueza, para ocupar o quarto lugar, ultrapassando a capital gaúcha.   No período analisado, o crescimento do PIB foi o terceiro maior, atrás apenas de São Luís, no Maranhão, e Vitória, no Espírito Santo. Além disso, foi maior do que a média nacional, que ficou em 232,53%.
  Ao mesmo tempo, o crescimento da população foi um dos menores dentre as capitais pesquisadas. Se em 2000 eram 4,3 milhões, dez anos depois apenas mais 500 mil pessoas passaram a residir na região.   Segundo relatório do Banco Central, a RMBH foi responsável por 45% do PIB do Estado de Minas Gerais em 2010, e a atividade econômica está concentrada na capital e nas cidades mais próximas.   Embora composta por 34 municípios, na Região Metropolitana a atividade se concentra em Belo Horizonte, com 43% de participação; em Betim, com 23% e em Contagem, com 15%.   As regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba; Sul e Sudoeste; Zona da Mata e Vale do Rio Doce, produzem, em conjunto, mais de 40% do PIB do Estado. Os 5% restantes estão distribuídos pelas outras cinco regiões do Estado, sendo que Vale do Mucuri; Jequitinhonha; Central Mineira e Noroeste de Minas são as regiões com menor participação no produto mineiro, de acordo com o Banco Central.

  RMBH fica R$ 40 bilhões atrás do Distrito Federal   Após ter ultrapassado a Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) e se tornado o quarto polo econômico do país, a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) agora deve mirar o terceiro lugar.   A opinião é do presidente da Federação das Industriais do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado. “É claro que foi bom ter subido uma posição, mas agora temos que continuar a crescer e ir para o terceiro. Fico feliz que isso tenha sido possível, mesmo com um cenário complicado que estamos enfrentando”, avaliou.   A meta de Olavo é audaciosa. Quem ocupa o terceiro lugar é a Região Integrada de Desenvolvimento do (Ride) Distrito Federal e Entorno. Em 2010, o “concorrente” apresentou um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 160 bilhões, enquanto na RMBH o valor somou R$ 120,8 bilhões. Ou seja, seria necessário crescer a produção de riqueza em pelo menos R$ 40 bilhões, sem contar com uma evolução da Ride do DF.   Ao mesmo tempo, a RMBH precisa manter o ritmo de crescimento, para não perder a posição que conquistou da capital gaúcha e entorno. No levantamento do Atlas Brasil de Desenvolvimento humano, o PIB da grande Porto Alegre somou R$ 112 bilhões, o que representa R$ 8 bilhões a menos do que o da RMBH.   O objetivo traçado pelo presidente da Fiemg, no curto e médio prazo, não parece tão difícil de ser alcançado, mas mais difícil será “roubar” o segundo lugar da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que em 2010 apresentou um PIB de R$ 276,9 bilhões.   Na RMBH, a cidade que apresenta o maior PIB per capita é Confins, onde fica localizado o Aeroporto Internacional Tancredo Neves. Com uma população de apenas 5.936 habitantes e um PIB de R$ 1,4 bilhão, o PIB per capita chega a R$ 239.773,56. A informação é da Agência de Desenvolvimento da RMBH.

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