Belo Horizonte tem protesto 'modesto' a favor da 'Lava Jato'

Liziane Lopes
llopes@hojeemdia.com.br
26/03/2017 às 12:26.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:53

Em menor número neste domingo (26), manifestantes vestidos de verde e amarelo mais uma vez ocuparam a Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, para protestar contra atos do Governo Federal, o que se repetiu também em outras cidades do país.

Desta vez, o grupo Vem pra Rua, protagonista de atos pelo impeachment da ex-presidente Dilma, pediu apoio à operação 'Lava Jato', ao fim do foro privilegiado para políticos, além de combater o aumento do Fundo Partidário e a lista fechada, que é quando o eleitor vota em um determinado grupo do partido, mesmo não concordando com algum nome desse núcleo. Lucas Prates/Hoje em DiaManifestação foi organizada pelo Movimento Vem pra Rua

Segundo Kátia Pegos,  coordenadora do Vem pra Rua em Minas Gerais, a ideia é esclarecer para população questões que estão sendo discutidas em Brasília e que vão mudar a vida de muita gente, mas que são pouco divulgadas. "Queremos despertar a consciência da população e mostrar o que está acontecendo, porque a corrupção não está apenas em um partido, mas em todos", afirmou.

A aposentada Tânia Lamaita concorda que a população precisa de mais informação. "Nós estamos comendo, há anos, carne podre e não é carne podre de vaca não, é a carne podre da corrupção", esclareceu. 

De acordo com a coordenação do Movimento, cerca de quatro mil pessoas participaram do ato na Praça da Liberdade. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público. Já a impressão de quem estava no local é que o número de pessoas desse domingo ficou abaixo do que foi registrado em dezembro, quando a praça ficou lotada. 

Segundo a engenheira eletricista Cláudia dos Santos, as pessoas estão preocupadas com os próprios problemas e deixam de protestar. "Estamos no auge da crise. Muita gente está preocupada com o que comer, com o dinheiro que vai ganhar, com o filho na escola, com o emprego e fica sem forças para brigar. Mas é preciso participar. É preciso denunciar. Precisamos mudar esse cenário", desabafou.

O marido de Cláudia, o empresário Leonardo Lopes, que junto com a esposa participou de vários protestos, conta que o casal fez questão de levar o filho de 10 anos na manifestação, uma oportunidade de formar cidadãos conscientes. "Os jovens principalmente precisam de informação, precisam se interessar", completou Cláudia.

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