BH é a capital mais cara: puxada por greve, energia e gasolina, prévia do IPCA atinge 1,37%

Marciano Menezes
rimeiroplano@hojeemdia.com.br
21/06/2018 às 21:49.
Atualizado em 10/11/2021 às 00:54
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

A disparada do preço da gasolina nos postos de combustível, principalmente após o término da greve dos caminhoneiros, e a alta da tarifa de energia elétrica levaram a prévia da inflação oficial na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) a atingir neste mês o maior percentual desde 2012 entre as 11 áreas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) da Grande BH alcançou 1,37% em junho, superando inclusive a média do país, de 1,11%.  A variação acumulada do índice em 12 meses na Grande BH chegou a 3,77%, a quinta maior na área de abrangência do levantamento do IBGE, ficando inclusive acima também do IPCA-15 no Brasil, que atingiu 3,68%. Segundo a economista do IBGE em Belo Horizonte, Luciene Longo, os grupos que apresentaram maiores pesos no índice foram Habitação e Transportes, puxados pelo aumento de 18,53% no reajuste da energia elétrica residencial, em 28 de maio, e da gasolina, que registrou alta de 6,77% com a greve dos caminhoneiros. “Além da gasolina e da energia elétrica, com a greve dos caminhoneiros tivemos também um desabastecimento de vários produtos, que tiveram aumentos significativos”, lembra. Na Grande BH, a batata-inglesa registrou a maior alta de preços em junho, com 57,10%. No entanto, apesar de o grupo Alimentação e Bebidas não ter sido o que registrou a maior variação positiva no mês, os subitens que apresentaram maiores elevações foram a melancia (24,77%), a cenoura (22,52%), a cebola (17,33% e o quiabo (11,31%).Já entre os que tiveram redução mais expressivas estão o mamão (-14,25%), o tomate (-6,86%) e a abóbora (-5,42%). Entre as regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, a de Goiânia ficou com o segundo maior índice na prévia inflacionária de junho (1,36%), seguida pela de Porto Alegre (1,24%), Rio de Janeiro (1,23%), Brasília (1,15%) e a de Salvador (1,07%). Fortaleza ficou com 1,06%, Curitiba (1,04%), São Paulo (1,02%), Recife (0,95%) e Belém (0,76%). O segundo maior índice da Grande BH desde 2012 foi registrado em fevereiro de 2016 (1,32%). Segundo Luciene Longo, os preços dos produtos foram coletados no mercado entre 16 de maio e 13 de junho e comparados com os de 14 de abril a 15 de maio deste ano. O indicador utilizado pelo IBGE para o levantamento do IPCA-15 se refere a famílias que têm rendimento entre 1 e 40 salários mínimos em todas as regiões metropolitanas pesquisadas. A grande diferença do índice em relação à inflação oficial do governo, o IPCA, é o período de coleta dos dados, a cada 15 dias. 
 Editoria de Arte / N/A

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