Brasil apresenta na Rio+20 vantagens de sua matriz energética

Sabrina Craide - Agência Brasil
16/06/2012 às 12:00.
Atualizado em 21/11/2021 às 22:53
 (MARCELLO CASAL JR/ABR)

(MARCELLO CASAL JR/ABR)

BRASÍLIA – A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) aproveitará a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) para mostrar ao mundo as vantagens da matriz energética brasileira, especialmente em relação à baixa emissão de gás carbônico (CO2).


Durante a conferência, serão distribuídos mil panfletos aos chefes de Estado e de Governo e demais participantes do evento mostrando, por exemplo, que o país emite menos de 1,2% do total mundial de CO2, que chegou a 30 bilhões de toneladas em 2009.


Segundo a EPE, o Brasil é a sexta economia do mundo e está em 18º lugar no ranking das nações quanto às emissões de gases de efeito estufa provenientes da produção e do uso da energia. “O Brasil é um exemplo de país que conseguiu se desenvolver com baixo conteúdo de carbono. Nossa matriz energética é um exemplo para o mundo”, ressalta o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.


Os dados da EPE mostram também que, para cada quilowatt-hora produzido no país, são emitidos 64 gramas de gás carbônico, enquanto a média mundial é de 500 gramas. Isso porque 88% da  energia gerada no Brasil provêm de fontes renováveis como a hidreletricidade, a energia eólica e a biomassa. O percentual mundial está em 19%.


Cada brasileiro emite cerca de 1,8 toneladas de gás carbônico com a geração de energia elétrica, enquanto a média mundial é superior a 4 toneladas. Nos Estados Unidos, são produzidas 16,9 toneladas de CO2 por habitante na geração de energia. Para a produção de US$ 1 de Produto Interno Bruto (PIB) é emitido 0,16 quilo de gás carbônico no Brasil, que é a metade da média mundial, de 0,33 quilos. Na Rússia, esse indicador é 0,73.


Atualmente, graças ao uso do etanol, o país emite um terço a menos de gás carbônico do que emitiria se usasse apenas combustíveis fósseis nos veículos individuais. A meta é que, com o aumento do uso de etanol, em 2020 a redução chegue a 54%. A estimativa da EPE é que, em 2020, o etanol poderá atender a mais da metade da demanda energética da frota de veículos leves do país.


“Esses dados mostram que o Brasil está em uma situação muito boa em comparação com o resto do mundo no que diz respeito às emissões [de gás carbônico], mas o mais interessante é que as projeções para 2020 indicam que vamos poder crescer mantendo essa tendência de matriz de baixo carbono”, diz Tolmasquim.

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