Brasilienses pedem justiça no caso da tragédia do Rio Grande do Sul

Luciene Cruz - Agência Brasil
03/02/2013 às 13:34.
Atualizado em 21/11/2021 às 00:39
 (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

(Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

BRASÍLIA - Uma semana após a tragédia que deixou 237 mortos, em função do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), um grupo de brasilienses se reuniu em solidariedade às vítimas. Com roupas brancas, cartazes e faixas, os participantes se concentraram em frente à Rodoviária do Plano Piloto, localizada no centro da capital federal. De mãos dadas, todos rezaram e pediram paz e justiça para que novas tragédias sejam evitadas.

Segundo a aposentada Carmem Gamacho, o objetivo da homenagem é se solidarizar com os familiares e demonstrar indignação com as autoridades. “Queremos que essa barbaridade não se repita no país. Temos que exigir das nossas autoridades que liminares deixem de ser concedidas de forma irregular. Essa cultura do jeitinho tem que acabar. Essa cultura que faz com que as pessoas façam coisas erradas e pensem que ficarão impunes.”

O servidor público Ronaldo Seggiaro também pediu um basta à impunidade. “O Brasil não aguenta mais. Queremos justiça pelas vidas arrancadas. Nos movimentamos para que essa tragédia não caia no esquecimento.”

Para a empresária Regina Lacerda, a dimensão da dor dos familiares não pode ser “simulada, apenas sentida”. A nora dela é do município gaúcho e perdeu muitos amigos na tragédia. Uma semana antes do incêndio, o filho dela e a nora estiveram na boate. “Quando eu penso que meu filho único também poderia estar lá, mas não estava, sinto um alívio enorme. Mas também não consigo deixar de pensar nessas 237 famílias que perderam seu chão.”

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