Jornalista e dono de jornal do sul do estado do Rio é morto a tiros na porta de casa

Folhapress
14/02/2014 às 17:17.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:02

RIO DE JANEIRO - O jornalista Pedro Palma foi assassinato com três tiros em frente a sua casa no município de Miguel Pereira, na região sul do Estado do Rio de Janeiro.    Pereira estava chegando em casa por volta das 19h30 quando foi alvejado em frente ao seu portão enquanto esperava sua filha abrir a porta. O jornalista tinha 44 anos e morava com a mulher e a filha no distrito de Governador Protela.    Segundo o delegado, Murilo Montanha, Pereira foi atingido por três tiros um no ombro direito e dois no peito do lado direito, disparados por dois homens, que fugiram em uma motocicleta.    O jornalista era proprietário do jornal "Panorama Regional", fundado em 1994 no município de Paty do Alferes (a 117 km do Rio), e que vinha denunciando irregularidades em prefeituras da região.    O delegado aguarda depoimento de familiares e disse que, por enquanto, não há suspeitos. O caso foi registrado na 96ª DP (Miguel Pereira).    Em nota, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) disse que repudia veementemente o assassinato do jornalista Pedro Palma e acrescentou que os crimes contra os profissionais de imprensa, "se impunes, representam grave ameaça à liberdade de expressão e à vigência da democracia no país".    Mortes de jornalistas    Segundo relatório anual da ONG Repórteres Sem Fronteiras, em 2013, cinco jornalistas foram assassinados no Brasil. De acordo com a Associação Nacional de Jornais (ANJ), essa é a terceira morte envolvendo profissionais da imprensa registrada apenas nesta semana.    Na última segunda feira, o cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, 49, teve morte cerebral confirmada após ser atingido na cabeça por um rojão disparado por um manifestante durante protesto contra o aumento da passagem de ônibus no Rio de Janeiro. Na terça-feira, o radialista Edy Wilson da Silva Dias foi morto, por razões desconhecidas, em Pinheiros, norte do Espírito Santo.    A ANJ disse ainda que "insiste junto às autoridades quanto à necessidade de imediato e cabal esclarecimento dos crimes mencionados, a fim de que os responsáveis sejam devidamente julgados".

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