“Você pode até fazer piada com o exame. Com o câncer, não”

Hoje em Dia
28/11/2013 às 22:00.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:27

“Você pode até fazer piada com o exame. Com o câncer, não. O câncer não tem graça nenhuma”. Com esse mote, o Instituto Mário Penna tenta conscientizar sobre a prevenção e o tratamento de câncer de próstata.  A campanha pretende conscientizar homens com mais de 40 anos sobre a importância de se fazer o exame de toque.  Dessa forma a campanha chama a atenção para piadas feitas no dia a dia que contribuem para que homens evitem se consultar para verificar se há o câncer de próstata. “A gente sempre ouve que o homem vai levar flores para o urologista ou perguntar se o paciente quer ter uma segunda opinião. Tais comportamentos retrógrados são um atentado contra a vida”, afirma Robson Santo, diretor da Casasanto, agência responsável pela campanha. A ação acontece em novembro, mês em que diversos países abraçam a luta contra vários tipos de câncer masculino.   As estatísticas oficiais confirmam que não é possível brincar quando o assunto é próstata. No Brasil, este é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens. O primeiro é o câncer de pele. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INC), em 2008, houve 11.955 causadas pela doença. Desse total, 95% dos óbitos poderiam ter sido evitados. “Se o câncer é identificado precocemente, a chance de cura é muito grande. Por isso, a prevenção é essencial”, afirma Walter Cabral, especialista em urologia do Instituto Mario Pena.   O câncer de próstata é considerado uma doença da terceira idade, com três quartos sendo registrados a partir dos 65 anos. Quase a totalidade dos tumores se desenvolve lentamente. O câncer de próstata demora quase 15 anos para alcançar um centímetro cúbico. Esse processo não se manifesta ao longo dos anos e, por não apresentar nenhum sintoma por muito tempo, boa parte dos homens não se previne.   Segundo especialistas, a doença ataca um a cada seis homens no Brasil. Em 2012, foram identificados mais de 60 mil novos casos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Uma das principais causas do alto número de vítimas é o fato os homens, por medo de terem de passar por algum tipo de tratamento ou privação nunca vão ao médico. “Segundo dados do Ministério da Saúde, os homens vão às consultas médicas cerca de 10 vezes menos do que as mulheres”, destaca Walter Cabral.

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