Cai número de consumidores que pretende ir às compras no Dia dos Pais

Liziane Lopes*
llopes@hojeemdia.com.br
31/07/2018 às 15:32.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:41
 (Frederido Haikal/Arquivo Hoje em DIa)

(Frederido Haikal/Arquivo Hoje em DIa)

Cerca de cinquenta por cento dos consumidores de BH afirmaram que vão dar presente no Dia dos Pais. O percentual é menor do que o estimado em 2017, quando 69% dos entrevistados pela Câmara de Dirigentes Lojistas da capital contaram que iam às compras. “Mesmo com a melhora de alguns indicadores econômicos, como taxa de juros e inflação, o cenário econômico do país ainda é instável. No segundo trimestre de 2018, tivemos a greve dos caminhoneiros, que impactou negativamente em todos os setores da economia e abalou a confiança dos consumidores”, justificou o presidente da CDL/BH, Bruno Falci.

Entre os que disseram que não iam comprar presentes, 40% afirmaram que o motivo são os problemas financeiros (falta de dinheiro, corte nos gastos, desemprego e endividamento) . “Esse comportamento é ainda mais evidente entre os consumidores da classe E, em que 41,5% disseram que não vão presentear pois ainda estão com pendências financeiras ou desempregadas”, comenta Falci.

Já o tíquete médio dos presentes deste ano deve ser de R$ 113,39, de acordo com a pesquisa. O valor é 5,56% maior do que o registrado no ano passado. Mas, de acordo com a pesquisa, quem for presentear com eletrodomésticos irá desembolsar o maior valor, o tíquete médio para estes itens será de R$ 313,64. A compra de relógios deve girar em torno de R$ 225,01. Já os menores valores pagos serão em roupas (R$ 98,95) e bombons (R$ 50).

O dinheiro será a forma de pagamento mais utilizada pela maioria dos consumidores (35,9%).  Já 30,2% dos consumidores vão optar pelo cartão de débito. Entre aqueles que vão dividir o pagamento no cartão de crédito (21,4%), a maioria fará em três prestações (12,5%). As outras formas citadas foram: à vista no cartão de crédito (10,6%) e parcelado no cartão da própria loja (1,9%).

A estimativa da CDL/BH é que R$ 1,81 bilhão seja injetado no comércio da capital em função da data e a expectativa de crescimento é de 1,98% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado.

Qual presente escolher

As roupas são os produtos mais procurado neste Dia dos Pais, conforme afirmaram 38,8% dos entrevistados. Os calçados e acessórios também estão entre os itens mais citados (35,4%). Em seguida, aparecem os perfumes/artigos de barbearia (9,4%), material esportivo (5%), vinhos/bebidas (3,8%), bombons (2,4%), utensílios domésticos (1,6%), eletrodomésticos/eletrônicos (1,4%), livros (1,1%) e relógios (0,4%). 

Quando ao local onde comprar o presente, 59% dos entrevistados preferem lojas perto de casa. Já 27,6% preferem próximo ao trabalho. O shopping center foi a opção citada por 54,7% dos consumidores como lugar ideal para  a realização das compras, seguido pelas lojas de rua em centro comercial (36,6%).

Preço é decisivo no momento da compra

Para 27,8% dos consumidores, o preço dos produtos é o que mais os atrai durante as compras. O segundo ponto que chama a atenção dos entrevistados é a qualidade do produto, com 15,3% das respostas. Os demais atrativos citados foram: bom atendimento (11,3%), localização (10,7%), promoções e sorteios (8,4%), agilidade no atendimento (6,6%), ambiente agradável (6,3%), educação e cortesia dos funcionários (5,5%), formas/prazo de pagamento (5,5%), marca de grife (1,8%), credibilidade da loja (0,7%).

Já o principal fator que pode dificultar as compras, segundo a maioria dos entrevistados (46,9%), é o alto preço das mercadorias. As demais dificuldades apresentadas foram: atendimento ruim (14,3%), lojas muito cheias (11%), juros altos (10,9%), poucas vagas de estacionamento (7,7%), qualidade dos produtos (4%), pouca flexibilidade na negociação (0,7%) e poucas formas de pagamento (0,4%).

E para garantir um produto de qualidade e barato, a maioria faz pesquisa antes de comprar, de acordo com o levantamento. Para 85,2% dos consumidores é um hábito pesquisar o valor dos presentes em diferentes lojas, antes das compras. Entre as classes sociais, a classe C/D é a que mais faz pesquisa de preço (88,9%).

Foram entrevistados 301 consumidores de Belo Horizonte, no período de 21 de junho a 4 de julho de 2018.

* Fonte: CDL/BH

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