Candidatos apostam em nomes exóticos

Tatiana Lagôa
tlagoa@hojeemdia.com.br
18/08/2016 às 23:22.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:26
 (Cristiano Machado / Hoje em Dia)

(Cristiano Machado / Hoje em Dia)

Com 8.461 vagas disputadas por 40.103 aspirantes a vereadores em Minas Gerais, se destacar é um desafio que demanda muito “jogo de cintura”. Alguns candidatos apostam em nomes caricatos e vídeos chamativos para atrair os eleitores. Nessas eleições, até Obama tenta uma cadeira no Legislativo de Belo Horizonte, pelo PRB.

Pode até não ser o presidente dos Estados Unidos, mas a aparência é muito próxima. E como um político estrategista, o Obama mineiro, que na verdade se chama Gerson Januário de Almeida, soube muito bem se aproveitar da semelhança para tentar ganhar uns votos ou, no mínimo, uns fãs. Afinal, ele já até participou de programas televisivos em rede nacional como cover do líder norte-americano.

Outro candidato que está dando o que falar, dessa vez por uma perfomance um tanto quanto extravagante, é o Ed Marte, do PSOL, ou Edmar Pereira da Cruz. O artista, educador social e professor de arte visual apareceu de maiô e cantando “É diversidade. É verdade. O Ed Marte é do bem”. “O vídeo mostra um pouco do meu trabalho como artista também. Quis me apresentar de uma forma diferente para quebrar essa coisa formatada dos demais candidatos, com homens de ternos. Quero fazer uma campanha mais espontânea movida pelo amor”, diz.

Com a mesma bandeira da diversidade, Dú Pente (PSOL), quebra estereótipos. O candidato, que se chama Ivan Shirlen Teixeira dos Santos, se apresenta nas redes sociais com um pente no cabelo. “O nome é uma estratégia de diferencial mas é resultado de um trabalho de anos desenvolvido na cidade. O pente na cabeça é um acessório, mas também elemento da minha identidade nessa sociedade de padrão branco e cabelo liso”, afirma.
Ouros candidatos também apostam em nomes que fixam na memória dos eleitores. Caso do Jackson Xavier da Silva, do PSD, que se apresenta como Tchaca Malagueta. Tem mais exemplos: Boi do Espetinho (PSDC), Palha Italiana (PEN) e Piri mãe do loirinho da banca (PMDB). Todos de Belo Horizonte.

“É uma tentativa de diferenciar da mesmice que são os candidatos a vereador. Mas nem sempre é algo que a população leva muito a sério”, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Consultores Políticos (ABCOP), Carlos Manhanelli.

 

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