Carnaval enche hotéis em BH e injeta R$ 30 milhões no setor

Heraldo Leite
hleite@hojeemdia.com.br
07/02/2018 às 21:01.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:12
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Um número recorde de turistas em Belo Horizonte durante o Carnaval deverá injetar em torno de R$ 30 milhões somente na rede hoteleira da capital. A estimativa é do presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte (Sidhorb), Paulo César Pedrosa.

Segundo cálculos da Belotur, o Carnaval deverá envolver 3,6 milhões de foliões. E pelo menos 180 mil turistas são esperados durante os quatro dias de festa.

Com o crescimento do Carnaval belo-horizontino de rua, ano após ano, o setor também estima um incremento de 5% na taxa média de ocupação, na comparação com a folia do ano anterior.

“São números excelentes que significam uma taxa média de ocupação dos hotéis entre 50% a 55%”, afirma Pedrosa, acrescentando que antes de 2015 essa média nunca havia passado dos 25%. Ainda de acordo com o sindicato, BH tem 220 hotéis e apart-hotéis, num total de 22 mil a 24 mil leitos.

Segundo Paulo César Pedrosa, alguns estabelecimentos, principalmente os localizados na região Centro-Sul, baterão a casa dos 100% de ocupação. Alguns hotéis já estão oferecendo traslados, ida e volta, para diversos blocos.

São justamente os hotéis localizados na região central, cujas tarifas estão na faixa de R$ 150 a R$ 160 a diária, os estabelecimentos que terão taxas superiores a 80% de ocupação.

Pedrosa garante que a capital mineira tem os menores preços de diária dentre as demais capitais brasileiras.
Além dos hotéis, os bares e restaurantes da capital esperam crescimento de 20% no movimento durante os quatro dias de festa em relação ao ano passado. “Isso tudo significa mais empregos, mais renda e menos riscos de demissões”, afirma o presidente do Sindhorb.

Aeroporto da Pampulha

Declarando-se amplamente favorável à reabertura do Aeroporto da Pampulha para aeronaves de grande porte, Paulo César Pedrosa afirma que o setor de turismo, como um todo, ainda enfrenta um período delicado.

“Até o final do ano pelo menos mais dois ou três hotéis mudarão de atividades”, diz ele, sem revelar nomes.
Segundo o presidente do Sidhorb, Belo Horizonte ainda se ressente de não receber grandes eventos. Mas ele acredita que a liberação de jatos na Pampulha reverta o quadro. “De todos os aeroportos em áreas centrais é o mais seguro do Brasil. Não vejo prejuízos para a região”.

Pedrosa também critica a falta de um centro de convenções, lamenta o fechamento do Minascentro e cita as limitações do Expominas. “Isso tudo contribui com as baixas taxas de ocupação dos hotéis”, diz.
 

  

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