Casa Branca reforma critérios de segurança após escândalo

AFP
17/02/2018 às 11:12.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:25

O chefe de gabinete da Presidência americana, John Kelly, ordenou ajustar os critérios sobre o acesso do pessoal da Casa Branca a informações confidenciais, depois de que um funcionário trabalhou durante meses sem ter  autorização total.

Kelly, um ex-general do corpo de Marines, propôs uma série de mudanças com o objetivo de limitar as autorizações temporárias de segurança, mas que parecem também destinadas a traçar um linha após o escândalo em torno de Rob Porter, que tinha acesso diário ao Salão Oval e manejava documentos confidenciais. Ele teve de renunciar este mês após acusações de que batia em uma de suas duas ex-esposas.

Durante meses, o FBI soube das acusações e notificou a Casa Branca, mas ele continuou tendo acesso a segredos de Estado e a reuniões confidenciais. A situação de Porter poderia tê-lo feito objeto de chantagem.

"Poderíamos - e no futuro, devemos - trabalhar melhor", escreveu Kelly em um memorando ao pessoal, acrescentando que "os eventos recentes expuseram algumas carências persistentes". Um comitê do Congresso investiga o caso.

Recomendações

Entre as mudanças recomendadas por Kelly, estão priorizar os casos mais urgentes e melhorar a troca de informações entre o FBI e a Casa Branca. A medida parece ameaçar a posição do genro e assessor do presidente Donald Trump, Jared Kushner, que tem uma autorização provisória.

Em declaração à AFP, seu advogado disse que "não houve preocupações" com o pedido de autorização de Kushner. "Minhas consultas com os envolvidos confirmaram novamente que há uma dúzia, ou mais, de pessoas no nível do sr. Kushner, cujo processo está atrasado. Não é raro que esse processo leve tanto tempo em uma nova administração", disse o advogado Abbe  Lowell.

"A nova política anunciada pelo general Kelly não afetará a capacidade do sr. Kushner para continuar fazendo o muito importante trabalho que lhe foi designado pelo presidente", completou.

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