Casos suspeitos de microcefalia crescem 15% em uma semana

Iêva Tatiana – Hoje em Dia
22/12/2015 às 13:35.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:25

O número de casos suspeitos de microcefalia aumentou 15,86% em uma semana, no Brasil. Conforme boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (22) pelo Ministério da Saúde, o total de notificações saltou de 2.401 para 2.782 desde a última terça-feira, quando foi apresentado o último balanço.

Os registros atuais estão distribuídos em 618 municípios de 20 estados brasileiros. Diferentemente da última semana, a pasta não detalhou casos em estudo e descartados. Segundo o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, algumas regiões estavam tendo dificuldades com essa classificação.

“Então, voltamos a trabalhar com casos agregados, de notificação. Queremos tratar informação com maior transparência possível e com menor probabilidade de que ela gere mais dúvidas e confusões”, disse o diretor, durante coletiva em Brasília.

Ainda de acordo com Maierovitch, um erro na computação dos dados fez com que o balanço de casos de microcefalia sofresse uma queda na Bahia. Os registros havia sido feitos em duplicidade e foram corrigidos. Os números, no entanto, não foram apresentados.

Doação

Outra preocupação da pasta, agora, é com a redução das doações de sangue nos hemocentros nacionais. Um caso de transmissão de zika vírus por transfusão de sangue foi confirmado em Campinas, no interior de São Paulo.

O doador comunicou o surgimento de sintomas da doença após a doação e um rastreamento confirmou que o material já havia sido recebido por um paciente. Exame sorológico de sangue, o PCR (Proteína C Reativa) confirmou a presença do vírus no receptor.

“Reforçamos a necessidade de perguntar aos candidatos a doação se nos últimos 30 dias tiveram algum evento de infecção, especialmente, relacionada ao zika, como exantema, febre baixa e diarreia. A recomendação do Ministério é de que possíveis doadores sejam considerados inaptos a doação por 30 dias”, afirmou o secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame.

De acordo com o secretário, houve reforço, também, nas orientações de cuidados pós-doação, para o caso de outros doadores relatarem o surgimento de sintomas após a coleta do sangue.

“Estamos fazendo um chamamento para que a população continue e intensifique as doações no período do verão, quando elas diminuem, mas a demanda aumenta, por causa das festas de final de ano, época em que ocorrem muitos acidentes”, concluiu Beltrame.

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