CDL de BH pede prorrogação do vencimento de tributos após greve dos caminhoneiros

Janio Fonseca*
portal@hojeemdia.com.br
01/06/2018 às 17:43.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:23
 (Carlos Henrique / Arquivo Hoje em Dia)

(Carlos Henrique / Arquivo Hoje em Dia)

Diante do atual cenário econômico do Brasil por causa da paralisação dos caminhoneiros, com desabastecimento, queda nas vendas e consequências imediatas na saúde financeira das empresas, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) enviou ofícios ao presidente da República Michel Temer, ao governador de Minas Gerais Fernando Pimentel e ao prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, solicitando a prorrogação do prazo de vencimento de todos os tributos federais, estaduais e municipais.

Para o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, é necessário um prazo maior para honrar os compromissos, manter empregos e a saúde financeira das empresas. “Os efeitos da paralisação dos caminhoneiros colocaram em situação de grave preocupação toda a atividade econômica. Os setores de comércio e serviços sentiram os efeitos com vendas em brusca queda”, disse Bruno Falci.

De acordo com informações apresentadas pela CDL/BH, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) estima que, de 21 a 28 de maio, os setores de comércio e serviços de todo país tiveram perdas de aproximadamente R$ 27 bilhões.

Os ofícios

Nos ofícios enviados aos chefes do poder executivo da União, do Estado e da capital mineira, a CDL/BH solicitou a prorrogação do prazo de vencimento de todos os tributos federais, estaduais e municipais; suspensão pelo prazo mínimo de 60 (sessenta) dias do cadastramento de débitos dos contribuintes na dívida ativa e protesto em cartório.

A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte informou que as medidas solicitadas são necessárias, pois é preciso criar mecanismos que minimizem os impactos decorrentes da greve dos caminhoneiros. 

Mesmo com a retomada gradual das atividades do transporte de cargas, os setores de comércio e serviços ainda precisarão de um período para se recuperar das perdas e reorganizar suas finanças. Em especial as pequenas empresas, que são as que mais sentem os reflexos gerados pela paralisação, tendo sua capacidade de pagamento diretamente afetada.

A entidade espera que os nossos governantes considerem os interesses da sociedade e tomem medidas que reduzam tantos transtornos que foram causados, a fim de evitar que os prejuízos sejam ainda maiores. Além disso, salienta que esse grave momento vivido no país nos últimos dias tem de servir para alertar sobre a necessidade de uma gestão pública mais eficiente, que desenvolva medidas que atendam as demandas da sociedade e fomentem o desenvolvimento da economia.

Governo de Minas

O Governo de Minas Gerais por meio de sua assessoria de imprensa informou em nota que o poder executivo do Estado “está avaliando as medidas necessárias a sanar as consequências da paralisação dos caminhoneiros. Haja vista que, a arrecadação tributária do Estado sofreu uma redução estimada em R$90 milhões com a greve. Informamos ainda que as demandas que chegarem à equipe do governo sobre as dificuldades provocadas pela greve também serão avaliadas, considerando a realidade enfrentada pelo Estado de Minas Gerais.”

Governo Federal

Procurado, o Ministério da Fazenda informou que ainda não tomou conhecimento do ofício da CDL/BH.

Prefeitura de BH

O Hoje em Dia também procurou a Secretaria Municipal da Fazenda, mas não conseguiu contato com representantes do órgão, que está em ponto facultativo.

* Colaborou Amanda Souza, sob supervisão de Cássia Eponine

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