Cemig investe R$ 50 milhões em novos projetos

Tatiana Moraes
tmoraes@hojeemdia.com.br
20/04/2016 às 07:34.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:02
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) vai investir cerca de R$ 50 milhões em projetos de eficiência energética em 2016. Parte deste montante (R$ 20 milhões) poderá ser aportado em ações propostas pela sociedade. Em tempos de escalada da tarifa, é uma oportunidade para empresas, prefeituras, hospitais e condomínios, dentre outros, reduzirem consideravelmente a conta de luz. 

A chamada pública dos projetos começa na primeira semana de junho. A iniciativa faz parte do Programa de Eficiência Energética (PEE) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que obriga as 64 distribuidoras do país a investirem, no mínimo, 0,5% da Receita Operacional Líquida (ROL) em medidas para economizar eletricidade. 

“Desde o ano passado, a Aneel determina que uma parte da ROL vá para projetos elaborados pela sociedade. Ano passado, destinamos R$ 10 milhões aos projetos feitos fora da empresa. Para 2016, dobramos o valor” ressalta o gerente de Eficiência Energética da Cemig, Leonardo Rivetti. O restante é utilizado pela companhia em programas de eficiência para a população de baixa renda, como troca de geladeira e lâmpadas por modelos mais modernos e econômicos. 

Como fazer

Embora R$ 10 milhões tenham sido colocados à disposição dos projetos elaborados por pessoal de fora da estatal no ano passado, apenas um, de pouco mais de R$ 126 mil foi aprovado. O vencedor foi a prefeitura de Belo Oriente. Para melhorar o desempenho dos concorrentes, a Cemig desenvolveu um workshop, realizado ontem na Univercemig, em Sete Lagoas. 

Durante o evento, o programa de eficiência energética foi detalhado para aproximadamente 150 interessados. Conforme o gerente de Eficiência Energética, o principal critério para aprovação de um projeto é a relação custo benefício, que deve ser de 0,8 para 1. “Ou seja, para cada R$ 0,80, eu tenho que economizar R$ 1”, diz. 

Quanto maior a economia, maior a possibilidade de o projeto receber o capital da Cemig. Este, aliás, é o critério de maior peso, com 35% de participação na nota final. A contrapartida da empresa também pesa na hora de formular a nota total, com 15%. 
Os outros pontos são criatividade e documentação, dentre outros. “É impossível fazer um projeto que possa ser aprovado sem ler com atenção o edital, que será publicado em junho”, ressalta Rivetti. Ele destaca, no entanto, que o edital de 2015 pode ser utilizado como base, já que as alterações são pequenas. 

Inadimplência

O engenheiro de soluções energéticas da estatal Thiago Batista afirma que os interessados em apresentar propostas não podem estar inadimplentes com a Cemig na assinatura do contrato. Porém, ele destaca que, caso alguma empresa ou entidade governamental esteja com as contas de luz em atraso e tenha o projeto aprovado, é possível negociar o pagamento com a concessionária, como acontece com todo consumidor. “Mas, durante o projeto, as parcelas combinadas não podem deixar de ser pagas, sob pena de cancelamento do projeto”, enfatiza.

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