O Centro Oftalmológico, primeiro hospital de olhos de Belo Horizonte e um dos mais antigos do país, está concluindo um grande projeto de modernização e ampliação implementado nos últimos quatro anos e que consumiu R$ 22 milhões em obras e equipamentos.
Há 20 dias, foi entregue o bloco cirúrgico, a obra mais cara, na qual foram investidos cerca de R$ 8 milhões. O bloco conta agora com oito salas cirúrgicas, equipadas com alta tecnologia e equipamentos de conforto para médicos e pacientes.
Dentro de no máximo 20 dias será a vez da inauguração da nova área de urgência, onde quatro consultórios estarão abertos 24 horas.
Por impossibilidade de ampliações no prédio sede do hospital, que funciona há 47 anos no bairro de Lourdes, foi aberta uma nova unidade no Santo Agostinho, em um prédio onde o Centro Oftalmológico ocupa três andares, com 20 consultórios para atendimento e exames.
A modernização faz parte de um processo de mudança na gestão estratégica do hospital iniciada em 2009, com a posse da atual diretoria. Desde então, a prioridade passou a ser garantir a sustentabilidade financeira do Centro Oftalmológico por meio de investimento em qualidade e ampliação da capacidade de atendimento.
Faturamento
De acordo com o presidente do hospital, Cláudio Augusto Junqueira de Carvalho, o faturamento que naquele ano foi de 550 mil por mês, gira atualmente em torno de R$ 1,8 milhão.
Isso é resultante do aumento da capacidade, que passou da média de 6 a 7 mil atendimentos por mês, apa os atuais 17 mil atendimentos. Já o volume de cirurgias mais que dobrou, passando de 350 por mês para atuais mil cirurgias. Com o novo bloco cirúrgico, o objetivo é chegar a 2 mil cirurgias no médio prazo.
Cláudio Junqueira, que mesmo no cargo de presidente não deixou de clinicar, lembra que para atingir os atuais volumes o hospital ampliou sua carteira de convênios para 54 planos de saúde, e também atende pacientes do SUS.
Reforma foi acompanhada pela profissionalização da gestão do hospital
A modernização do Centro Oftalmológico foi sustentada por um profundo programa de profissionalização de seus modelos de gestão.
A empresa, que era uma sociedade por cotas, passou a ser uma sociedade anônima de capital fechado. Isso foi importante para a chamada de capital feita para financiar os investimentos sem a necessidade de tomada de crédito.
Hoje, o hospital publica balanço auditado por uma grande consultoria e, na área operacional, conquistou as certificações de qualidade ISO 9001 e ONA nível 1 e 2 (esta específica da área médica).

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