(Mercedes-Benz)
A Mercedes-Benz toda vida foi considerada uma marca senhoril. Isso para não dizer que é carro de velho. A própria Mercedes já reconheceu que seu público alvo estava numa faixa etária mais avançada que a de seus concorrentes diretos (leia-se Audi e BMW). A terceira geração do Classe A, que ganhou carroceria hatchback, e seus derivados (Classe B, GLA e CLA), ajudaram a rejuvenescer o censo demográfico da marca. Uma nova geração de compactos tendo o A Sedan como carro chefe.
O modelo foi apresentado primeiramente na China com chassi alongado. No entanto, a Mercedes decidiu comercializá-lo globalmente, com uma versão de chassi menor.
Com produção acertada para as plantas de Aguascalientes (no México) e Rastatt (na Alemanha), o modelo é o menor sedã da marca, com apenas 4,54 metros e 2,72 metros de entre-eixos. Ele é menor que o cupê quatro portas CLA (que também terá nova geração e conviverá ao lado do sedã).
Segundo a Mercedes-Benz, o CLA foi um divisor de águas na marca, tendo mais de 50% de seus compradores nos Estados Unidos formados por estreantes na marca. Agora, a Estrela de Três pontas quer intensificar sua busca por novos consumidores.
Brasil
O modelo já foi confirmado para chegar ao Brasil em 2019. Executivos da marca alemã até cogitam a possibilidade de que ele possa vir a ser montado na fábrica de Iracemápolis, de onde saem O sedã Classe C e o utilitário-esportivo (SUV) GLA.
Sua produção no Brasil até que seria viável, uma vez que a fábrica opera em regime CKD, em que os kits são importados e a montagem é feita localmente, sem a necessidade de produzir estamparia, fundição de bloco e demais processos como numa linha de montagem convencional.
No entanto, num primeiro momento, o modelo será importado do México, que tem tributação mais branda que a de outros mercados. Se fosse vendido hoje, o modelo teria preços iniciais entre R$ 125 mil e R$ 130 mil, abaixo do CLA, para se aproximar do valor inicial do Audi A3 Sedan, que é oferecido a partir de R$ 120 mil.
Conteúdos
A Mercedinha, apesar do porte menor, não pode ser vista como um automóvel inferior dentro da gama da Estrela de Três pontas. Muito pelo contrário. O modelo chega com um pacote farto de tecnologias com destaque para o sistema Car-to-X Communication.
Trata-se de um sistema que é capaz de se comunicar com outros automóveis sobre condições do trajeto. Ele é capaz de registrar parâmetros como frenagem de emergência, controle de estabilidade (ESP) e até mesmo a inclusão de alerta de colisão feita pelo motorista e combina com o posicionamento do GPS. Assim, ele avisa aos demais automóveis com a mesma tecnologia sobre possíveis pontos de baixa aderência, acidentes e demais fatores que podem comprometer a segurança dos outros motoristas.
Painel
Outro capricho do Classe A Sedan é o quadro de instrumentos formado por duas telas de alta definição. Há três opções, que variam com a versão do modelo, partindo de uma dupla de sete polegadas, opção intermediária com monitores de 7 e 10,2 polegadas, e por fim a versão com dois mostradores de 10,2 polegadas, em que é possível configurar uma grande variedade de informações do carro, trajeto e entretenimento.
Motores
Na Europa, o sedã será oferecido inicialmente com dois motores, partindo da unidade 1.3 turbo de 163 cv e 25 mkgf de torque, que equipa a versão A 200. Há também uma opção turbodiesel de 116 cv, exclusiva para o Velho Mundo, para a versão A 180d. Nos dois casos, a transmissão é automatizada de dupla embreagem e sete marchas 7G-DTC. Por aqui deverá ser adotado o conhecido 1.6 de 156 cv e 25,5 mkgf.
Fatalmente a marca revelará, em breve, uma versão endiabrada com as versões A 45 AMG disponíveis para o hatch, o CLA e para o GLA, com quase 400 cv.