Começa a era Trump; para republicano, Estados Unidos vêm em primeiro lugar

Flávia Ivo*
fivo@hojeemdia.com.br
21/01/2017 às 06:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:29

“O dia 20 de janeiro de 2017 será recordado como o dia em que o povo tornou-se governante deste país outra vez. Deste dia em diante, uma nova visão vai reger nossa terra. Deste momento em diante, será a América em primeiro lugar”, defendeu Trump no discurso de posse como o 45º presidente da história dos Estados Unidos, na tarde de ontem, em Washington, para dezenas de milhares de pessoas.

As afirmativas, dentre tantas outras ao longo do texto, reiteraram as promessas de campanha e alfinetaram, mesmo que de forma polida, o governo democrata de Barack Obama.

“As vitórias dos políticos não têm sido as vitórias de vocês; os triunfos deles não têm sido os seus triunfos; e, enquanto eles festejavam na capital de nossa nação, as famílias em todo nosso país que passavam por dificuldades tinham pouco o que festejar”, observou o magnata das comunicações – referindo-se à gestão anterior –, sob o olhar não só de seus apoiadores e críticos presentes no entorno do Capitólio, mas de todo o mundo por TV ou pela internet. 

“Fizemos outros países ricos, enquanto a riqueza, confiança e força do nosso país diminuiu. Por muitos anos, subsidiamos a indústria estrangeira em detrimento da nossa indústria”Donald TrumpPresidente dos EUA

Terrorismo

O tom nacionalista do discurso de Trump fez com que ele fosse ovacionado inúmeras vezes pela multidão na capital federal. 

Os aplausos aumentavam à medida em que os posicionamentos do multimilionário acerca de questões polêmicas eram colocados em sua fala, mesmo que o discurso não trouxesse novidades em termos de atitudes que planeja tomar em seu governo.

Uma das prioridades declaradas pelo norte-americano é a erradicação do extremismo islâmico “da face da terra”. 

“Defendemos as fronteiras de outros países, enquanto nos negamos a defender as nossas (...) Devemos proteger nossas fronteiras dos estragos de outros países que fabricam nossos produtos, roubam nossas empresas e destroem nossos empregos”, disse, aproveitando a deixa para reforçar o protecionismo econômico, uma de suas maiores bandeiras.

Os antecessores de Donald Trump, George W. Bush – que invadiu o Afeganistão e derrubou o Talibã – e Barack Obama – que comandou a operação que resultou na morte de Osama bin Laden – também combateram o extremismo.

Mas Trump foi mais longe no uso da linguagem, sugerindo que ele vê este combate como uma batalha de civilizações entre os EUA e uma ameaça florescente da fé islâmica em si. “Vamos reforçar antigas alianças e formar novas, unir o mundo civilizado contra o terrorismo islâmico”, declarou.

Ação

Assim que Trump assumiu, a página dedicada às mudanças climáticas que ficava hospedada no site da Casa Branca foi retirada do ar. Ao mesmo tempo, foi lançado o novo plano de energia que basicamente elimina o Plano de Ação Climática de Obama, que estabelecia regras para a redução de emissões de gases de efeito estufa do setor de energia.

(*) Com agências

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