Comissão debate volta de grandes jatos ao aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte

Paula Bicalho
pbicalho@hojeemdia.com.br
23/05/2017 às 19:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:41

A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados se reuniu nesta terça-feira (23) para um debate sobre o retorno da operação de voos comerciais de alta capacidade no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. O tema foi sugerido pelo deputado Laudívio Carvalho (SD-MG). Confins (MG).

A deputada mineira Raquel Muniz (PSD-MG), que também participou da reunião, acredita que reativar o aeroporto da Pampulha vai facilitar, e muito, o tráfego entre os municípios mineiros e deslocamento de quem vem ao Estado. "Sou do Norte de Minas e utilizei durante muitos anos o aeroporto da Pampulha para me deslocar de Montes Claros até Belo Horizonte, de lá para Brasília e outros destinos. A gente sabe que em Minas são mais de 800 municípios, e é muito difícil a gente viajar pelo Estado. Por isso, acho que a gente merece essa atenção. Minas é gigante, então a gente precisa se voltar a esses 800 municípios, mesmo que os voos não cheguem a todos, mas próximo a eles". Divulgação / N/A

Deputada mineira defende o uso do aeroporto da Pampulha para voos comerciais

"Será que a gente não pode abrir uma discussão para esses voos, fazer uma oferta, facilitar para que Minas seja mais bem servida em relação a isso? Talvez, não tirando os voos que já estão em Confins, mas criando um mercado para a Pampulha, paras as cidades de Minas que já tem aeroporto e pista legalizada, onde, mesmo assim, não conseguimos chegar tão fácil. Com as rodovias brasileiras precisando de duplicação, em péssimo estado de conservação, a gente hoje entra nelas arriscando a vida. A opção de se usar o voo é até para a gente preservar a vida", completou a deputada.

Inaugurado em 1933, o aeroporto da Pampulha tem hoje demanda direcionada apenas aos voos executivos, táxis aéreos e operações regionais para as cidades do interior de Minas Gerais.

Veja abaixo o discurso, na íntegra, da deputada Raquel Muniz:

Relembre o caso

Uma queda de braço entre a BH Airport, que administra o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, e a Infraero, impediu o retorno dos voos de grande porte ao terminal da Pampulha. Portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) pelo ministro dos Transportes, Maurício Quintella, no dia 13 de maio pôs fim ao imbróglio.

Baseado em argumentos econômicos da BH Airport, a decisão do ministro foi tomada quatro dias antes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) terminar o julgamento do processo que definiria o tamanho das aeronaves liberadas para pousos e decolagens na Pampulha, considerando a infraestrutura e   critérios técnicos. Em 2 de abril, quatro dos cinco diretores da Anac já haviam se manifestado favoráveis à volta dos jatos.

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