Comissão vai apurar agressões a servidores do Hospital Galba Veloso

Do Portal HD
08/11/2012 às 08:57.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:00
 (Guilherme Bergamini/ALMG)

(Guilherme Bergamini/ALMG)

A Comissão Especial para o Enfrentamento do Crack da Assembleia Legislativa de Minas Gerais vai visitar o ambulatório de internação de pacientes encaminhados ao Hospital Galba Veloso, na capital, para desintoxicação, por ordem judicial. O requerimento que pede a vistoria foi aprovado na quarta-feira (7), em reunião extraordinária, motivado por denúncias de falta de segurança dos trabalhadores que atuam no Complexo de Saúde Mental da unidade.

De acordo com a justificativa parlamentar, a visita da comissão ao ambulatório de internação tem o propósito de obter esclarecimentos sobre denúncias de agressão aos funcionários e sobre as condições de trabalho, além de conhecer o tratamento oferecido aos internos.

As denúncias chegaram à Assembleia durante reunião da comissão de servidores da Saúde com os deputados estaduais, em 17 de outubro deste ano. Levantamento apresentado pelos servidores informa que, de janeiro a setembro deste ano, foram registradas 29 agressões contra funcionários. Segundo os relatos, o número de agressões seria ainda maior, porque muitos casos ocorrem durante a noite, quando os funcionários não fazem o registro.
 
Conforme as denúncias, esses pacientes são encaminhados para desintoxicação, por ordem judicial, saindo do Fórum direto para o hospital, para internações por período mínimo de seis meses. O número de pacientes é grande e há situações em que 30 pacientes são cuidados por apenas duas técnicas de enfermagem. Os servidores denunciaram também que pacientes permanecem no chão por falta de vagas e que não há revista para visitantes. Os servidores temem não só por sua segurança, mas também dos pacientes.

Colônias
 
Na mesma reunião, os deputados aprovaram também dois outros requerimentos, assinados pelo presidente da comissão, deputado Paulo Lamac (PT), propondo a realização de audiências públicas na Capital e em Coronel Fabriciano (Rio Doce). A reunião em Belo Horizonte tem por objetivo discutir o reaproveitamento dos hospitais-colônias do Estado para tratamento de usuários de crack. Já a audiência em Coronel Fabriciano visa discutir o avanço do consumo de crack na região e as ações do poder público e da iniciativa privada para seu enfrentamento.

*Com informações da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)

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