Conheça as ideias da filha de Enéas Carneiro, que lança candidatura ao governo nesta segunda

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
13/07/2018 às 14:50.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:23
 (PMB/Divulgação)

(PMB/Divulgação)

Quem assistir ao horário eleitoral gratuito a partir do dia 16 de agosto, irá se deparar com a frase: “Meu nome é Gabriela Enéas”. A intenção de Gabriela Carneiro, pré-candidata ao governo de Minas Gerais pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB), é relembrar o nome e a história do pai, o médico Enéas Carneiro, que ficou famoso ao concorrer à presidência da República em três ocasiões.

O lançamento da pré-candidatura de Gabriela ao governo pelo PMB acontece nesta segunda-feira (16), no bairro Prado, e contará com lideranças do partido de outras cidades. Também contará com políticos que um dia foram filiados ao PRONA, partido fundado por 1989 por Enéas e extinto em 2007, quando se fundiu ao Partido Liberal para a criação do Partido da República (PR).

Uma das presenças certas é Jorge Periquito, político que já foi filiado ao PRONA e ao PRTB. Foi ele quem convidou Gabriela a se mudar do Rio de Janeiro para Belo Horizonte para ser o nome do PMB – presidido pela mulher dele, Ana Paula Periquito – na corrida eleitoral.

“Meu pai tinha uma ligação muito forte com Minas. Por isso, ele escolheu o Jorge Periquito como seu sucessor no PRONA. Tanto que o Jorge foi presidente do partido em Minas. Meu pai confiava muito nele”, afirma Gabriela “Enéas” Carneiro.

Ela deixa claro que sua intenção é relembrar as ideias do pai, morto em 2007. “O Enéas era um nacionalista, queria a preservação de nossas riquezas. Ele acreditava que ninguém precisa passar fome nesse país, pois temos riquezas que podem ser divididas. Meu pai era um humanista, um homem a favor do povo”, explica.

Mudança de endereço

Há um ano, Gabriela mudou seu domicílio eleitoral para Belo Horizonte e garante que está morando na capital mineira. Segundo ela, desde a mudança, faz parte do quadro de funcionários da Nossa TV, uma operadora de TV por assinatura pertencente ao líder da Igreja Internacional da Graça de Deus, R. R. Soares.

Mãe de três filhos, Gabriela não tem formação no ensino superior, mas ter estudado pedagogia de forma autodidata. Estudou três semestres de Física na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFMG) e trabalhou como professora do projeto Telecurso 2000 em comunidades carentes do Rio de Janeiro, cidade onde nasceu e viveu por toda a vida.

Nunca exerceu cargo político e registrou candidatura política duas vezes – em 2006, para deputada estadual e 2008 para vereadora no Rio –, mas não chegou a investir em campanha em nenhuma das duas situações. “Participei do universo político acompanhando meu pai. Foi ele quem quis me lançar candidata a deputada em 2006, mas engravidei da primeira filha e desisti. Para dar certo, em uma eleição a gente tem que estar ligada a pessoas do bem, decididas a mudar a situação do país”, diz.

Propostas

Questionada sobre quais serão as principais propostas apresentadas ao eleitorado mineiro, Gabriela afirma que quer “resgatar o papel de protagonismo de Minas Gerais no Brasil”. “É preciso respeitar o pagamento do salário dos professores, pagar os municípios direito, revigorar a educação no Estado”, diz.

Sobre o déficit orçamentário do Estado, ela afirma que a solução para o problema é o corte de gastos. “Creio veementemente que é preciso ter responsabilidade com dinheiro público. É fundamental cortar o supérfluo, o luxo da classe política”.

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