Conta alta hoje, redução prevista ano que vem

Amália Goulart
amaliagoulart@hojeemdia.com.br
21/05/2018 às 18:40.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:11
 (Cristiano Machado)

(Cristiano Machado)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anuncia hoje reajuste de cerca de 25% para consumidores mineiros de baixa tensão (residenciais) e algo em torno de 34% para os de alta tensão (na maior parte, indústrias). Mas, conforme representantes da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), o aumento da tarifa neste 2018 pode não se repetir em 2019. Ano que vem, a expectativa é de redução no preço da conta de luz. 

A explicação para o aumento de hoje e também para a redução posterior está no efeito climático. Conforme a Cemig, o maior impacto na composição do reajuste é o custo para comprar a energia elétrica do sistema. Ele representa 12,62% do aumento possível de 25%. 

Para se ter ideia, em outubro de 2017 os reservatórios mineiros operavam com apenas 17% da capacidade. Hoje, o índice está em 40%. Por isso, a previsão é de que a energia fique mais barata para a compra pela distribuidora, barateando a conta para o consumidor final em 2019. 

Segundo a Cemig, no ano passado, houve redução de 12% na tarifa.

Conforme o diretor de Relações Institucionais e Comunicação da empresa, Thiago Camargo, a Cemig fechou o ano de 2017 com um saldo negativo de 470 milhões na conta que mede o custo da energia. Ou seja, mesmo a mudança de bandeiras, o que provoca um adicional na conta de luz, não foi capaz de suprir o custo da empresa. É que, quando os reservatórios estão baixos, é necessário acionar as termelétricas, que são mais dispendiosas. Essa conta, ao final, impacta no reajuste.

É a Aneeel que define o percentual levando em conta os custos da distribuidora para comprar a energia, manter as linhas, fazer investimentos, dentre outros itens. O reajuste vale a partir de 28 de maio.

Dentre as distribuidoras que tiveram reajustes neste ano, a Cemig é vice-líder. Perde para a CEA, do Amapá, que teve aumento tarifário de 37,36%. 

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