Cresce a pressão contra a reforma da Previdência

Paula coura
pcoura@hojeemdia.com.br
17/03/2017 às 22:31.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:47

Deputados federais e estaduais eleitos por Minas foram convidados a se reunir hoje, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para debater a PEC 287, da reforma previdenciária. A reunião, marcada para as 9 horas, tem como principal articulador o deputado Rogério Correia (PT), que quer pressionar o Congresso a votar contra o projeto apresentado pelo governo Temer.

O petista diz que deputados da sigla estão unidos na criação de uma rede em Minas para desmobilizar parlamentares no Congresso que estariam favoráveis à aprovação da Reforma da Previdência. Correia enfatizou também que a paralisação do último dia 15 foi um “recado” aos políticos brasileiros.

“A nossa pressão a cada deputado federal será muito grande. O parlamentar que votar a favor desse projeto vai ser aposentado nas ruas”, declarou Correia.

Durante a reunião será tirada uma moção, endereçada à Câmara, para que cada deputado federal eleito por Minas possa apresentar suas justificativas em relação ao voto contrário ou favorável à reforma. O encontro contará também com a presença de dirigentes das centrais sindicais no Estado, que pararam vários serviços no último dia 15, como o metrô, manifestando repúdio ao projeto do governo federal. A rede estadual de educação em Minas, inclusive, mantém a greve por tempo indeterminado.

Para endossar o coro, foi apresentada de antemão uma lista com nomes de pelo menos dez deputados federais do PT ou de siglas de oposição ao governo federal – como o da deputada federal Jô Moraes (PCdoB) – que já manifestaram repúdio à Reforma da Previdência. O governo propõe, entre outros pontos, alterar a idade mínima da aposentadoria para 65 anos, além de mudanças na maneira como é feito o cálculo para se obter o benefício.

Próximos passos
Sindicalistas não descartam a realização de novas paralisações, caso os deputados federais não se posicionem contrários à votação da PEC 287.
“Estamos alertas e mobilizados em relação à reunião. Eles estão tirando direitos do trabalhador, penalizando principalmente a mulher do campo, que tem uma jornada ainda mais longa”, disse Antonieta de Faria, a Tieta, secretária da Mulher Trabalhadora da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).
Para Beatriz Cerqueira, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG), a expectativa é que a reforma não passe. <TB>“Esperamos convencer os deputados federais a não votar na reforma. Nossa luta é por isso”, enfatizou.

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