Crise achata preço de aluguel em BH

Lucas Borges
lborges@hojeemdia.com.br
25/01/2018 às 21:11.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:58
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

A crise econômica que o Brasil atravessa nos últimos anos impacta o mercado imobiliário. Segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), os preços médios dos aluguéis de imóveis residenciais tiveram uma queda real pelo quinto ano consecutivo. 

Em 2013, a retração foi de 0,40%, saltando para 3,11% no ano seguinte. Já em 2015, o percentual negativo alcançou 8,44%, tendo caído para 8,42%, em 2016, e para 1,75%, no ano passado.

Já os preços dos aluguéis de imóveis comerciais também apresentaram a quarta queda real consecutiva. Em 2014, a retração foi de 0,29%, atingindo 5,25% no ano seguinte. Em 2016,teve recuo de 3,37% e, no ano passado, de 1, 25%.

A variação dos preços dos residenciais fez com que os valores médios para a locação desses imóveis, em dezembro de 2017, regredissem ao mesmo patamar de agosto de 2008. 

Segundo Thaize Martins, coordenadora de pesquisa da Fundação Ipead, a queda dos últimos anos está diretamente ligada ao conturbado cenário econômico pelo qual o país está imerso. 

“Nesse período, tivemos varias interferências no setor imobiliário. Em 2015, com a grande crise no país, houve muito desemprego e empresários tiveram até que fechar suas salas. Assim, a oferta aumentou e quem precisava alugar passou a negociar por um preço mais baixo”, afirma. 

Vendas
O panorama das vendas de imóveis é similar ao dos aluguéis. Segundo o Ipead, o preço dos apartamentos retomou ao patamar de 2009. São cinco anos de queda consecutiva nos valores. 

Em 2013, a baixa foi de 1,97%. No ano seguinte, a queda chegou a 1,43%. O percentual negativo em 2015 aumentou para 4,11% e, no ano passado, a retração ficou em 4,81%.

Em relação aos imóveis comerciais, a sexta queda seguida fez com que os valores se equiparassem aos praticados em 2007. As salas acumulam retração de 5,09% e as lojas de 3,13% nesse período. A queda real é de 9,21% no caso das salas, e de 7,33% nas lojas. 

Recuperação 
Apesar dos baques, a expectativa é que 2018 apresente o início da retomada para o setor. 

Para Thaize Martins, os indícios de uma recuperação econômica do país estão deixando os empresários mais otimistas.

“Para 2018, no caso dos residenciais, é esperada uma recuperação, mas nada muito elevado. Os empresários estão apostando que pela conjuntura do país, com inflação controlada e taxa de juros mais baixa, o ano vai ser melhor”, diz. 

  

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