CSN Mineração colocará 500 em férias coletivas em Congonhas

Luciana Sampaio Moreira
lsampaio@hojeemdia.com.br
24/04/2018 às 06:00.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:29
 (SAMUEL COSTA/ARQUIVO HOJE EM DIA)

(SAMUEL COSTA/ARQUIVO HOJE EM DIA)

A CSN Mineração, com sede em Congonhas, na região central do Estado, vai colocar de férias coletivas 400 empregados que trabalham nos processos de beneficiamento de minério e carregamento, entre os dias sete de maio e 20 de julho, em períodos sucessivos de 15 dias.

A empresa comunicou a decisão na tarde da última sexta-feira, 20 de abril, tendo em vista a necessidade de alterar o processo produtivo, o que inclui a execução de projetos de adequação física das instalações. Em nota, a CSN informou que “as férias coletivas buscam a máxima preservação da mão de obra, indispensável para a retomada dos níveis de produção”.

Em 2017, a produção de minério de ferro foi de 33 milhões de toneladas. Dados de mercado dão conta que projetos de ampliação, no entanto, ainda não foram detalhados pela CSN.

Aumentos
Está previsto para junho um novo reajuste do aço no mercado interno, de 7,5% para a indústria e distribuidores. Em janeiro, a empresa anunciou aumento de 25% para montadoras de veículos e de 12% para distribuidores. No primeiro trimestre, o preço médio subiu entre 6% e 10%, respectivamente, segundo informações de mercado.

Em 2017, a empresa foi beneficiada por uma série de aumentos e, com isso, conseguiu reverter o prejuízo do ano anterior em lucro de R$ 111 milhões.

Chantagem
O presidente do Sindicato Metabase Inconfidentes, Sidney José Roque, disse que a entidade está com um processo na Justiça contra a política de demissões da CSN, desde 2015.

“Dos 12 mil empregados, hoje são 7 mil. Nesse período de cinco anos, eles reduziram muito os terceirizados”, afirmou.
De acordo com o sindicalista, as férias coletivas acontecem em meio à campanha salarial 2018/2019. Entre outros temas apresentados pela empresa, segundo Roque, está a possibilidade de ampliar a jornada de trabalho para 12 horas, o que o Sindicato não aceitou.

Barragem
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) divulgou, no início de abril, laudo no qual considerou satisfatórias as intervenções realizadas no Dique de Sela e a estabilidade da Barragem Casa de Pedra, em Congonhas. 
 

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