A definição da eleição para prefeito em Montes Claros ainda é uma incógnita mesmo com o fim das apurações. Isso porque o prefeito afastado Ruy Muniz (PSB), dono da segunda melhor colocação na cidade com 48.834 votos, ainda aguarda decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para validação da própria candidatura. Caso o tribunal aceite o recurso, Muniz poderá disputar o segundo turno. 

De acordo com informações do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), até que o TSE julgue o caso em um prazo estimado de 10 dias, a chapa de Muniz permanece cancelada uma vez que o vice, o médico Danilo Fernandes Macedo Narciso (PMDB), renunciou à candidatura no fim do mês passado. 

Com a reforma eleitoral de 2015, o prazo mínimo para substituição de candidatos nas eleições municipais foi estipulado em 20 dias. Muniz chegou a entrar com o chamado embargo de declaração na tentativa de salvar a candidatura, mas como não há jurisprudências semelhantes em outras partes do país, não há previsões sobre como o TSE avaliará o caso. 

Se forem considerados apenas os votos válidos no dia da eleição, o candidato Humberto Souto (PPS) - que obteve 76.595 votos - estará eleito em primeiro turno. A candidata Leninha (PT), conquistou 36.030 votos. 

Eleitorado

Montes Claros tem 262,5 mil eleitores. Neste ano, disputaram as eleições os candidatos Gláucia Eliana (PMB), Humberto Souto (PPS), Jairo Ataíde (DEM), Jéssica Viana (PSOL), Leninha (PT) e Ruy Muniz (PSB). Para as 23 vagas na Câmara Municipal, 391 candidatos disputaram as vagas para o cargo de vereador.

Com 398.288 habitantes, as mulheres são a maioria do eleitorado montes-clarense, com 140.599 votantes. Os homens são 121,6 mil. Os analfabetos são 12.586 e menores 6.740. No município, há quatro zonas eleitorais, subdivididas em 818 seções.

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