Delator é próximo a ser ouvido em julgamento da Chacina de Unaí

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
28/10/2015 às 12:34.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:15
Hugo Pimenta foi detido em Campo Grande com um passaporte falso
 (Hoje em Dia)

Hugo Pimenta foi detido em Campo Grande com um passaporte falso (Hoje em Dia)

Dezessete testemunhas de acusação já foram ouvidas no julgamento dos réus José Alberto de Castro e Norberto Mânica, acusados de assassinato de fiscais do trabalho em Unaí no ano de 2004. Neste momento, começaram a ser ouvidas as duas testemunhas comuns entre acusação e defesa. O primeiro a falar, quinta testemunha do dia, é o gerente da fazenda de Mânica à época, que esclarece detalhes sobre o funcionamento da propriedade e a ligação do patrão com outros envolvidos no crime. O próximo a ser ouvido é Hugo Alves Pimenta, delator e réu no mesmo caso.

Das oitavas realizadas na manhã desta quarta-feira (28), a mais longa foi a do delegado da Polícia Federal Antônio Celso dos Santos, que presidiu a investigação do crime na época. Ele detalhou a investigação feita sobre o crime e apontou a ligação entre os executores e os supostos mandantes do crime.

A testemunha, ouvida por cerca de 1h30, alegou que restou comprovar na investigação que a morte dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego foram encomendadas pelo fazendeiro Norberto Mânica. Ponto questionado pela defesa do réu, que segue na hipótese, já tratada na terça-feira de que não há provas sobre tal hipótese.

A defesa se concentrou em tentar mostrar que uma suposta ligação telefônica entre os réus no dia do crime não ocorreu de fato entre os mesmos. Sobre isso, o advogado de José Alberto de Castro pontuou que "é possível dizer que um telefone ligou para o outro, mas não saber quem estava falando ao telefone".

Sobre o fato, o delegado da PF disse que uma equipe da polícia foi até a fazenda checar os fatos e ficou comprovado que a ligação foi para o telefone da fazenda e que os funcionários não teriam atendido o telefone, já que Norberto estava em casa.

Desde terça, quando o julgamento foi iniciado, a defesa de José Alberto e Norberto, tentam mostrar que os réus não se falaram no dia do crime, como tenta mostrar a acusação. Este também será o item questionado durante o depoimento da testemunha Hugo Alves Pimenta, que também é réu do caso.

O julgamento foi suspenso ára almoço e retorna às 13 horas com a oitiva do Hugo Pimenta.

 

 

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